A Prefeitura do Natal realizou nesta segunda-feira 20
mais uma reunião das Câmaras Temáticas com foco na revitalização dos
bairros Ribeira e Cidade Alta, áreas prioritárias da política de
requalificação urbana da capital. O encontro, mediado pela Secretaria Municipal
de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb), contou com a presença do secretariado
municipal e apresentou dispositivos do Plano Diretor de Natal.
Durante a reunião, o secretário da Semurb, Thiago Mesquita, destacou
que o Plano Diretor, aprovado em 2022, trouxe instrumentos concretos para
incentivar o uso misto e o retorno da moradia nas áreas centrais da cidade,
como Alecrim, Cidade Alta e Ribeira. “Não há outro caminho senão trazer pessoas
para morar novamente nessas áreas. A Prefeitura tem feito intervenções
importantes, como a urbanização da Avenida do Contorno e a reforma de praças,
mas precisamos reativar a moradia para garantir vitalidade urbana e segurança
nesses espaços”, afirmou.
O secretário também apresentou um balanço das ações
já concluídas, como a requalificação das avenidas Duque de Caxias, Câmara
Cascudo e Ulisses Caldas, além do entorno da Praça Augusto Severo. Segundo ele,
o Plano Diretor ampliou o potencial construtivo da cidade, permitindo
edificações de até 140 metros em zonas adensáveis e criando incentivos
específicos para as áreas de requalificação urbana.
A vice-prefeita de Natal, Joanna Guerra, reforçou a
importância da atuação integrada entre as secretarias municipais na
reestruturação da Ribeira. “Essas ações precisam estar amparadas por
instrumentos urbanísticos legais, e é isso que faz esta reunião ser tão
importante: garantir que cada secretaria compreenda sua contribuição dentro
desse processo de revitalização”, afirmou.
Já o titular da Secretaria Municipal de Concessões,
Parcerias, Empreendedorismo e Inovação (Sepae), Arthur Dutra, destacou a
dimensão econômica do projeto e defendeu o equilíbrio entre moradia e
atividades produtivas. “Existem duas formas de melhorar o fluxo de pessoas em
uma região: investir em habitação e em atividades que atraiam empregos e
recursos. A reativação do Porto Pesqueiro é um exemplo disso, já que deve gerar
cerca de 3 mil empregos diretos e 5 mil indiretos, movimentando toda a região”,
disse.
As discussões reforçaram a integração entre
políticas urbanísticas, econômicas e sociais como eixo central da revitalização
do Centro Histórico.
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