terça-feira, 21 de outubro de 2025

Secretário defende retorno de moradia na Ribeira e Cidade Alta: “Não há outro caminho”

 


Prefeitura do Natal realizou nesta segunda-feira 20 mais uma reunião das Câmaras Temáticas com foco na revitalização dos bairros Ribeira e Cidade Alta, áreas prioritárias da política de requalificação urbana da capital. O encontro, mediado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb), contou com a presença do secretariado municipal e apresentou dispositivos do Plano Diretor de Natal.

Durante a reunião, o secretário da Semurb, Thiago Mesquita, destacou que o Plano Diretor, aprovado em 2022, trouxe instrumentos concretos para incentivar o uso misto e o retorno da moradia nas áreas centrais da cidade, como Alecrim, Cidade Alta e Ribeira. “Não há outro caminho senão trazer pessoas para morar novamente nessas áreas. A Prefeitura tem feito intervenções importantes, como a urbanização da Avenida do Contorno e a reforma de praças, mas precisamos reativar a moradia para garantir vitalidade urbana e segurança nesses espaços”, afirmou.

O secretário também apresentou um balanço das ações já concluídas, como a requalificação das avenidas Duque de Caxias, Câmara Cascudo e Ulisses Caldas, além do entorno da Praça Augusto Severo. Segundo ele, o Plano Diretor ampliou o potencial construtivo da cidade, permitindo edificações de até 140 metros em zonas adensáveis e criando incentivos específicos para as áreas de requalificação urbana.

A vice-prefeita de Natal, Joanna Guerra, reforçou a importância da atuação integrada entre as secretarias municipais na reestruturação da Ribeira. “Essas ações precisam estar amparadas por instrumentos urbanísticos legais, e é isso que faz esta reunião ser tão importante: garantir que cada secretaria compreenda sua contribuição dentro desse processo de revitalização”, afirmou.

Já o titular da Secretaria Municipal de Concessões, Parcerias, Empreendedorismo e Inovação (Sepae), Arthur Dutra, destacou a dimensão econômica do projeto e defendeu o equilíbrio entre moradia e atividades produtivas. “Existem duas formas de melhorar o fluxo de pessoas em uma região: investir em habitação e em atividades que atraiam empregos e recursos. A reativação do Porto Pesqueiro é um exemplo disso, já que deve gerar cerca de 3 mil empregos diretos e 5 mil indiretos, movimentando toda a região”, disse.

As discussões reforçaram a integração entre políticas urbanísticas, econômicas e sociais como eixo central da revitalização do Centro Histórico.

 

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