Em um discurso contundente
na CPMI do INSS, o relator da comissão fez duras críticas ao que chamou de
“sistema de corrupção e proteção aos poderosos”, destacando o abandono e o
sofrimento de aposentados e pensionistas em todo o país. “Respeitam nem
aposentados e pensionistas. Enquanto o povo passa fome, há quem continue
recebendo proteção e habeas corpus”, disse.
O parlamentar afirmou que
enfrentar o sistema “não é fácil” e que, ao tentar combater o poder e a
corrupção, é comum receber “um tapa na cara que é direcionado ao povo
brasileiro”. Ele enfatizou que as investigações da CPMI revelaram um grande
esquema de desvio de recursos envolvendo sindicatos e associações ligadas ao
INSS.
Segundo o relator, a CPMI,
sob a presidência do senador Carlos Viana, foi responsável por avanços
concretos, como o bloqueio de bens de dirigentes e sindicatos suspeitos, além
da prisão de envolvidos conhecidos como “careca” e “camisote”. “Foi esta CPMI
que trouxe à luz o esquema e que forçou a Polícia Federal a agir. E olha que
coincidência: no mesmo dia da oitiva de uma das testemunhas, houve operação no
Sindinap”, destacou.
Ele criticou as tentativas
de descredibilizar a comissão: “Dizem que a CPMI não tem valia. Não tem valia o
quê? Foi ela que mostrou como meteram a mão em mais de R$ 600 milhões de
aposentados e pensionistas.” O deputado afirmou ainda que os dados apurados
pela Controladoria-Geral da União (CGU) e pela própria CPMI provaram o
envolvimento de diferentes sindicatos, novos e antigos, no desvio dos recursos.
Encerrando seu
pronunciamento, o relator afirmou que pedirá a prisão preventiva dos principais
suspeitos, incluindo dirigentes do Sindinap. “Chega de proteção e impunidade. O
dinheiro do aposentado e do pensionista precisa ser respeitado. Não podemos
permitir que o sistema continue rindo da cara do povo brasileiro.”
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