O governo federal foi obrigado a adiar um evento
internacional que apresentaria o pirarucu como modelo de sustentabilidade
global, por causa do preço das passagens aéreas, que chegaram a ultrapassar R$
8.000. A “Missão Pré-COP30 – Manejo Sustentável do Pirarucu” estava prevista
para acontecer no fim de outubro, no Amazonas.
Coordenada pelos ministérios da Pesca, da Ciência e
pelo Instituto Mamirauá, a ação reuniria autoridades brasileiras, diplomatas e
pesquisadores estrangeiros para mostrar, em campo, o trabalho de comunidades
ribeirinhas na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, referência
mundial no manejo do peixe símbolo da Amazônia.
A ideia era destacar como o pirarucu saiu da beira
da extinção para uma exploração controlada, gerando renda a centenas de
famílias e fortalecendo cadeias produtivas rastreáveis e certificadas. O
objetivo era projetar o Brasil como liderança em bioeconomia durante a COP30,
que será realizada em Belém, em novembro de 2025.
Segundo o MPA, o fim do acordo de codeshare entre
Azul e Gol fez o valor das passagens no trecho Brasília–Tefé saltar de R$ 1.700
para mais de R$ 8.000, além de aumentar o tempo de viagem de 5 para até 18
horas. Com isso, a missão ficou inviável logisticamente, já que não havia
orçamento público para custear os deslocamentos dos convidados.
Diante do impasse, o governo e o Instituto Mamirauá
decidiram adiar a ação para 2026. Hoje, a única forma alternativa de chegar a
Tefé sem avião é por barco, em viagens que duram ao menos 12 horas.
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