O líder do PT na Câmara, deputado Lindbergh
Farias (RJ), chamou de “molecagem” a decisão da maioria dos
parlamentares de retirar de pauta a medida provisória do IOF (Imposto sobre
Operações Financeiras).
A declaração foi dada na tribuna da Casa, logo após
a votação. O placar foi de 251 votos favoráveis a retirada de pauta a 193
contrários. A proposta perde a validade às 23h59 desta quarta-feira (8).
“Vamos para cima das Bets, vamos ver
subsídios inadmissíveis do Agronegócio”, disse o líder se referindo às
alternativas que o governo deverá adotar diante da derrota.
Tarcísio de Freitas
Segundo o deputado, a oposição deu um tiro no pé.
Ele afirmou que haverá pressão por parte da sociedade. E reclamou da
“articulação” do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos),
contra a proposta.
A aprovação da MP era considerada essencial pela
equipe econômica e renderia cerca de R$ 17 bilhões aos cofres do governo
federal em 2026, ano eleitoral. A proposta altera regras de tributação sobre
investimentos, fintechs e compensações tributárias.
Para facilitar a votação, o relator da proposta,
deputado Carlos Zarattini (PT-SP), flexibilizou o texto original do governo em
diversos pontos e atendeu a demandas de parlamentares ligados ao setor
produtivo, principalmente ao agronegócio. Governistas, entretanto, reclamam que
o acordo foi quebrado.
Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad,
se envolveu diretamente nas negociações e nas tentativas de convencimento. Ele
chegou a se reunir, na tarde desta quarta-feira, com o presidente Luiz Inácio
Lula da Silva (PT) e com líderes do Congresso Nacional para tratar da medida
provisória.
Lideranças governistas destacaram que o governo
dispõe de um “arsenal” de reação, caso a medida provisória não seja aprovada
pelo Congresso Nacional. Entre as alternativas, estaria o contingenciamento de
até R$ 10 bilhões em emendas parlamentares.
A publicação da MP 1303, em junho deste ano, foi
publicada para tentar contornar a crise gerada pela tentativa de aumento no
IOF. O texto, entretanto, enfrentou resistência de diversos setores.
Fonte: CNN Brasil
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