Integrantes do Itamaraty demonstram preocupação com
possíveis efeitos das declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva às
vésperas do encontro com Donald Trump, marcado para domingo (26/10), na cúpula
da Asean, na Malásia. Nos bastidores, diplomatas temem que comentários recentes
possam azedar o clima da reunião entre os líderes.
A informação é da coluna do Paulo Cappelli, do
Metrópoles. Ao falar sobre a Venezuela, Lula destacou que manter a América
Latina e o Caribe como zona de paz é prioridade e afirmou que “intervenções
estrangeiras podem causar danos maiores do que o que se pretende evitar”. Em
outra ocasião, o presidente disse que quando Trump “ofendeu” e “sobretaxou” o
Brasil, “a gente não abaixou a cabeça”, gerando apreensão entre auxiliares do
governo.
Apesar da cautela, o Palácio do Planalto trabalha
para que o encontro ocorra sem tensões. A expectativa é de que a conversa se
concentre em melhorar as relações diplomáticas e discutir a redução das tarifas
impostas pelos EUA, sem que temas como a Venezuela dominem o diálogo.
Desde o encontro entre o ministro das Relações
Exteriores, Mauro Vieira, e o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, na
última quinta-feira (16/10), Lula se manifestou publicamente três vezes sobre a
relação com os Estados Unidos, reforçando o interesse do governo em preservar a
proximidade diplomática e viabilizar avanços nos assuntos econômicos
bilaterais.
Com informações do Metrópoles
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