O representante comercial dos EUA, Jamieson Greer,
disse que 40% do tarifaço aplicado a produtos brasileiros estão relacionados às
“preocupações extremas com o Estado de Direito, a censura e os direitos
humanos” no Brasil.
A taxa de 50% sobre itens importados do Brasil
começou a valer em agosto de 2025. Segundo Greer, 10% referem-se à tarifa
recíproca “que todo mundo tem”, utilizada para “controlar o déficit comercial
global”.
Ao explicar os 40% restantes, Greer afirmou, sem
citar nomes, que “um juiz brasileiro tomou para si responsabilidades de ordenar
que empresas dos EUA se autocensurem, dando-lhe ordens secretas para gerenciar
o fluxo de informações”. “E a situação do Estado de Direito em relação a
oponentes políticos no Brasil”, emendou. Assista:
A declaração de Greer foi dada durante uma coletiva
de imprensa sobre as relações comerciais dos EUA com a China, junto ao
secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, nesta quarta-feira (15/10).
Bessent interrompeu a fala de Greer e declarou que
houve “detenção ilegal de cidadãos americanos que estavam no Brasil”.
As manifestações ocorrem um dia antes da reunião
entre Brasil e EUA para negociações sobre o tarifaço. O encontro entre o
chanceler Mauro Vieira e o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, será
nesta quinta-feira (16/10), como confirmou o presidente Luiz Inácio Lula da
Silva (PT).
Ao elevar o valor da tarifa de importação de produtos,
o líder norte-americano Donald Trump citou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)
e acusou autoridades brasileiras de perseguirem o ex-mandatário.
Filho do ex-chefe do Executivo brasileiro, o
deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) mudou-se para os EUA, onde articulou
medidas contra as decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) em relação ao pai,
condenado por tentativa de golpe de Estado. O parlamentar foi denunciado pela
Procuradoria-Geral da República (PGR) em razão dessa atuação. A PGR o acusa de coação
no curso do processo.
Metrópoles – Coluna Grande Angular
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