Em coletiva na noite da quarta-feira (29), o
governador Cláudio Castro e o ministro da Justiça e Segurança Pública do
Brasil, Ricardo Lewandowski, anunciaram uma cooperação entre os governos
estadual e federal para enfrentar o crime organizado no Rio de Janeiro, após
uma operação policial que resultou na morte de mais de 100 suspeitos.
Cláudio Castro destacou a importância da união das
forças para garantir segurança à população: “Independente de erros ou acertos,
saímos daqui hoje com uma grande oportunidade”.
O governador também informou que o governo federal
prontamente ofereceu apoio, com a criação de um Escritório Emergencial para o
enfrentamento ao crime organizado e ações coordenadas com a Polícia Federal
(PF) e Polícia Rodoviária Federal (PRF).
O ministro detalhou que será ampliado o efetivo
federal no estado, intensificadas as operações de inteligência e realizadas
ações conjuntas entre forças federais e estaduais. Sobre o Escritório
Emergencial, Lewandowski explicou que a estrutura não será permanente, mas
permitirá decisões rápidas até a superação da crise.
A ação das forças de segurança, realizada na
terça-feira (28), deixou ao menos 119 mortos. Segundo a Secretaria de
Segurança, 58 corpos foram encontrados no dia da operação e outros 61
localizados em uma mata nesta quarta.
Foram presos 113 suspeitos — 33 de outros estados —
e apreendidos 10 menores. Os agentes recolheram 118 armas, incluindo 91 fuzis,
além de explosivos e drogas.
Operação
A operação, considerada a maior da história do
estado, teve como objetivo combater a expansão territorial do Comando Vermelho
(CV) e prender lideranças criminosas que atuam no Rio e em outros estados. As
forças de segurança tentam cumprir 100 mandados de prisão contra integrantes da
facção, 30 deles em outros estados, com destaque para membros no Pará.
O confronto durou mais de 12 horas e causou vítimas
entre agentes e moradores. Além de deixarem três moradores feridos com balas
perdidas.

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