A porcentagem de pessoas em insegurança alimentar
caiu de 27,6% para 24,2% entre 2023 e 2024, mas ainda atinge 18,9 milhões de
famílias no Brasil. O número representa 2,2 milhões de lares a menos nessa
condição em relação à 2023, de acordo com um relatório do IBGE.
Aproximadamente 6,5 milhões de pessoas encontram-se
em situação de insegurança alimentar grave, ou seja, domicílios em que o
responsável informou que a fome estava presente. Além disso, um em cada quatro
domicílios apresentou algum grau de insegurança alimentar em 2024, ou seja,
moradores não sabiam se teriam comida suficiente ou adequada na mesa.
Os números constam na Pesquisa Nacional por Amostra
de Domicílios Contínua (PNADC), divulgado nesta sexta-feira (10), pelo
Instituto Nacional de Geografia Estatística (IBGE). Os dados ser referem ao
último trimestre do ano passado.
As regiões Norte (37,7%) e Nordeste (34,8%)
apresentaram as maiores proporções de insegurança alimentar nos três níveis
(leve, moderada e grave), sendo que o grau mais grave foi registrado em 6,3% e
4,8% dos domicílios dessas grandes regiões, respectivamente.
Ao todo, 62,6 milhões de brasileiros apresentaram
algum grau de insegurança alimentar em 2024. “Houve ruptura nos padrões de
alimentação nesses domicílios e a fome esteve presente entre eles, pelo menos,
em alguns momentos do período de referência”, diz o relatório do IBGE.
A pesquisa classifica a insegurança
alimentar em três níveis:
- Insegurança
alimentar leve: preocupação ou incerteza quanto ao acesso a
alimentos e redução da qualidade para não afetar a quantidade;
- Insegurança
alimentar moderada: falta de qualidade e redução na quantidade
de alimentos entre adultos;
- Insegurança
alimentar grave: falta de qualidade e redução na quantidade de
alimentos também entre menores de 18 anos. Nessa situação, a fome passa a
ser uma experiência vivida no domicílio.
No contexto da insegurança alimentar,
domicílios com responsáveis de cor branca eram 28,5%, os de cor parda, 54,7%, e
os de cor preta, 15,7%. Para casos de insegurança alimentar grave, a
participação de domicílios com pessoa responsável de cor parda passou para
56,9%, mais que o dobro da parcela que representava os domicílios cujo
responsável era de cor branca, 24,4%.
Os domicílios com responsável de cor branca (45,7%)
foram a maior parcela dos que estavam em segurança alimentar, acima dos
domicílios com responsáveis de cor parda (42,0%) e preta (11,1%).
CNN com informações de Agência Estado
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