Dois servidores públicos do RN e 13 comparsas foram
condenados por criar um esquema ardiloso: colocar nomes de pessoas que nunca
trabalharam na Secretaria de Educação e Cultura (SEEC) para receber diárias
fantasmas. O prejuízo aos cofres do Estado chega a R$ 157.964,36.
A fraude veio à tona em 2015, denunciada pelo então
coordenador do Fundo Estadual de Educação e Cultura. Os servidores manipulavam
o sistema financeiro do Estado e enganavam terceiros para cederem suas contas
bancárias, recebendo dinheiro sem saber de onde vinha. Alguns já devolveram
parte do valor.
O juiz Geraldo Antonio da Mota deixou claro que os
servidores agiram de forma consciente e dolosa. “A forma de agir nasceu da
comunhão de pensamentos dos dois réus, principais responsáveis pelo desvio”,
destacou na sentença.
O magistrado ainda cutucou os demais envolvidos:
quem forneceu contas por tanto tempo deveria ter desconfiado. Persistir nessa
conduta é, segundo ele, “no mínimo questionável”.
No fim, os condenados perderam a função pública, terão
que ressarcir integralmente o Estado, pagar multa de R$ 315.928,72, ficaram com
direitos políticos suspensos por 10 anos e estão proibidos de contratar com o
poder público no mesmo período.

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