O relato de uma santa-cruzense evidencia o grave
problema estrutural da saúde potiguar, em especial da sua principal unidade de
trauma, o Hospital Walfredo Gurgel.
Há mais de um mês sem nenhum dos dois tomógrafos em
funcionamento, por estarem quebrados, milhares de pacientes que passam pela
principal urgência potiguar têm sofrido com atendimento mais deficitário.
O caso em questão foi do senhor Damião Pedro da
Silva, natural de Campo Redondo, sogro da santa-cruense que denunciou que o
atendimento tardio dele pode ter contribuído para sua morte.
Ele foi atropelado enquanto pedalava próximo a Campo
Redondo. Socorrido ainda cedo na manhã deste domingo (12), chegou consciente ao
Hospital Walfredo Gurgel, onde precisava passar por uma tomografia, antes de
fazer cirurgia para reparação necessária após o acidente.
Mas, sem tomógrafo no Walfredo Gurgel, o senhor
Damião passou o dia inteiro esperando vaga no Hospital Deoclécio Marques, em
Parnamirim, para ser atendido. Ele só conseguiu realizar o exame a noite.
Após a realização da tomografia, o Sr. Damião Pedro
voltou ao Walfredo para realizar a cirurgia, mas foi constatado que ele perdeu
muito sangue ao longo do dia e não resistiu ao procedimento cirúrgico,
falecendo em seguida.
A demora na realização do exame, e consequentemente,
da cirurgia, segundo a sua nora, foi um fator importante para que perdesse a
vida.
Mais um capítulo difícil de um sistema de saúde
bastante deficitário existente no Rio Grande do Norte.
Nenhum comentário:
Postar um comentário