É preciso ter coragem para apontar o dedo para a
Procuradoria-Geral da República e dizer que há fraude em documentos
apresentados ao Supremo. Jeffrey Chiquini teve. O advogado de Filipe Martins
peitou o sistema e acusou a PGR de juntar papéis falsos no processo do seu
cliente. Não é pouca coisa. É mexer num vespeiro poderoso.
A denúncia é explosiva: ele sustenta que a PGR
anexou um documento adulterado com assinaturas falsas para tentar sustentar a
narrativa da “minuta do golpe”. E vai além: diz que o verdadeiro documento, o
oficial, está nos autos da defesa, sem nenhum registro da presença de Martins
no Palácio do Planalto naquele dia.
Se estiver certo, o escândalo é monumental.
Estaríamos diante de uma fraude processual dentro do Supremo. Algo que abala o
coração do sistema de Justiça.
Mas se estiver errado, Chiquini estará diante do
abismo. Porque uma acusação dessas, sem prova sólida, pode arruinar reputações,
inclusive a dele.
Coragem, sim. E das grandes. Mas agora ele precisa
provar o que disse. Justiça não se faz no grito, se faz com evidência. Se for
verdade, o Brasil precisa saber. Se for blefe, o advogado terá cavado a própria
cova jurídica.
Esse texto foi copiado do Blog do Gustavo Negreiros

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