O Ministério Público Eleitoral (MPE) entrou com
alegações finais pedindo a cassação dos diplomas do prefeito Léo de Doquinha,
do vice João Eudes e do ex-prefeito Renato de Doquinha, assessor especial da
atual gestão. O trio é acusado de abuso de poder político durante as eleições
municipais de 2024, conforme noticiou o perfil do Instagram @boragostoso.
Segundo o MPE, o ex-prefeito usou a máquina pública
para beneficiar seus aliados. Entre janeiro e julho de 2024, a prefeitura
contratou 385 servidores temporários sem justificativa plausível, fazendo o
número de funcionários saltar de 411 para 796 — aumento de quase 94%.
A Promotoria diz que as contratações não tinham
relação com calamidade ou aumento real de serviços, mas sim para influenciar
votos, configurando o clássico “cabresto eleitoral” das cidades pequenas.
O documento, assinado pelo promotor Edisio Souto
Neto em 22 de outubro de 2025, lembra ainda que o município já havia sido
proibido, em decisão judicial transitada em 2023, de realizar contratações
temporárias sem justificativa. Mesmo assim, o alerta foi ignorado e cerca de
800 pessoas foram contratadas em 2024, reforçando a suspeita de manipulação do
pleito.
Diante das provas, o MPE requer cassação imediata
dos diplomas e inelegibilidade de 8 anos para os três envolvidos. O caso
tramita na 14ª Zona Eleitoral de Touros/RN e aguarda decisão da Justiça
Eleitoral, que pode mexer fundo na política local.
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