A notícia é do Portal R7. A Alfândega e Proteção de
Fronteiras dos EUA emitiu uma nota nesta sexta-feira (10) alegando que o
registro sobre a entrada de Filipe Martins, ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro
(PL), nos EUA, em 30 de dezembro de 2022, é falso.
A alfândega ressalta que tal constatação contradiz
as alegações feitas pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre
de Moraes, relator do processo sobre a trama golpista, no qual Martins é um dos
réus.
“A inclusão desse registro impreciso nos sistemas
oficiais do CBP (U.S. Customs and Border Protection) permanece sob
investigação, e o CBP tomará as medidas apropriadas para evitar a ocorrência de
discrepâncias futuras”, alegou em nota a organização.
A alfândega alegou que a constatação veio após uma
“revisão completa das evidências disponíveis”. “Após a conclusão da revisão,
foi determinado que o Sr. Martins não entrou nos EUA naquela data”, afirmou.
O julgamento de Martins e de outras seis pessoas
está marcado para começar na terça-feira (14) na Primeira Turma do STF. Segundo
a denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República), o núcleo 2 era o
responsável pelo gerenciamento de neutralização de autoridades, a exemplo do
presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Moraes.
“Reconhecemos que o ministro Moraes citou um
registro errôneo para justificar a prisão de meses do Sr. Martins”, prosseguiu
a alfândega. A organização condenou veementemente qualquer uso “indevido” de
tal informação, que considera falsa, para sustentar a prisão preventiva ou
condenação de Martins ou de terceiros.
“Reafirmamos nossa dedicação em manter a integridade
de nossos registros de fronteira e apoiar os princípios de justiça e direitos
humanos”, continuou.
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