O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump,
ameaçou nesta quinta-feira (18) retirar licenças de emissoras de TV que forem
críticas a ele, elevando o tom de suas ameaças à liberdade de imprensa e de
expressão.
A declaração ocorreu após a ABC, sob pressão do
governo, retirar do ar o programa do comediante Jimmy Kimmel devido a um
comentário sobre o assassinato do ativista conservador Charlie Kirk.
“Quando você tem uma emissora e
programas noturnos, tudo o que eles fazem é atacar Trump”, disse ele a
jornalistas no Air Force One, ao elogiar a decisão da ABC. “Eu acho que talvez
as licenças deles devessem ser revogadas”.
A decisão da ABC, que pertence à Disney, ocorreu
após Kimmel ter sido duramente criticado por apoiadores de Kirk por sugerir que
o assassino seria um simpatizante do movimento Maga.
Ao lado do primeiro-ministro britânico, Keir
Starmer, Trump afirmou que Kimmel foi demitido por não ter talento. “Ele tinha
péssimas audiências, mais do que qualquer coisa, e disse uma coisa horrível
sobre um grande cavaleiro conhecido como Charlie Kirk”.
Desde a morte de Kirk, a Casa Branca está
sinalizando que adotará medidas para reprimir o que chamou de “retórica
odiosa”, o que pôs em alerta importantes figuras dos dois lados do espectro
político dos EUA, que temem que um movimento mais amplo de ataque à liberdade
de expressão esteja em andamento.
Um decreto sobre a violência política e o discurso
de ódio está sendo elaborado pelo governo, segundo a agência Reuters, gerando
temores entre organizações progressistas que normalmente são alvos de Trump.
O presidente já havia dado o tom ao prometer, em um
discurso horas após a morte de Kirk, perseguir os integrantes da “esquerda
radical”, que ele apontou como responsável pelo ataque.
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