A PF (Polícia Federal) indiciou uma passageira que
gritou, hostilizou e tentou agredir o ministro Flávio Dino, do STF (Supremo
Tribunal Federal), durante um voo de São Luís (MA) para Brasília, na tarde de
segunda-feira (1º).
Segundo a PF, a mulher, identificada como Maria
Shirlei Piontkievicz, foi indiciada por injúria qualificada, que consiste na
injúria em que o autor utiliza meios de comunicação para a divulgação, ou seja,
ofender a dignidade ou o decoro de alguém em público ou por meios que facilitem
a divulgação.
Ela também foi indiciada por incitação ao crime, ou
seja, por estimular ou encorajar outras pessoas a cometerem um delito.
O caso ocorreu um dia antes do início do julgamento
onde o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete réus pode ser condenados
pelo STF por tentativa de golpe de Estado. Flávio Dino é um dos cinco
integrantes da Primeira Turma, que julga o caso.
A assessoria do ministro informou à CNN que Dino
estava sentado e trabalhando, de cabeça baixa, aguardando a decolagem do voo
quando a mulher, aos gritos, embarcou e iniciou uma série de agressões contra o
magistrado da Suprema Corte.
Segundo a equipe do magistrado, a passageira em
questão gritava que “não respeita essa espécie de gente” e que o “avião estava
contaminado”. “A mulher tentou avançar em direção ao local de assento do
ministro, sendo contida pela intervenção de um segurança, que se colocou entre
ambos”, pontuou.
A assessoria do também ex-ministro da Justiça também
informou que a passageira ainda gritava frases como “o Dino está aqui”,
apontando para o ministro, em uma tentativa de incitar uma espécie de rebelião
a bordo, segundo eles.
A mulher cessou a hostilização após ser advertida.
Segundo a PF, a passageira injuriou o ministro a bordo, mas os procedimentos
foram tomados quando da aterrissagem do avião em Brasília.
Um agente da Polícia Federal lotado no aeroporto de
São Luís foi acionado e entrou no avião, e informou à segurança do ministro que
iria comunicar à superintendência de Brasília.
“Agressões físicas e verbais, ainda mais no interior
de um avião, são inaceitáveis, inclusive por atrapalhar outros passageiros e
colocar em risco a operação do próprio voo, que é um serviço essencial”,
declarou a equipe do ministro.
CNN
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