O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal
Federal (STF), vetou a inclusão do bispo Robson Rodovalho no grupo religioso
autorizado a visitar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que cumpre prisão
domiciliar há mais de um mês.
Rodovalho, líder da Igreja Sara Nossa Terra e
ex-deputado federal, integra o círculo de oração de Michelle Bolsonaro. A
solicitação para sua inclusão foi enviada à Corte na sexta-feira (19), prevendo
uma reunião espiritual na quarta-feira seguinte (24).
A defesa de Bolsonaro argumentou com base na Lei de
Execução Penal (Lei nº 7.210/1984), que assegura assistência religiosa a
pessoas privadas de liberdade em instituições civis e militares.
No entanto, Moraes rejeitou o pedido, alegando
desvio de finalidade. Segundo o ministro, o grupo de oração não deve ser
utilizado como pretexto para visitas não autorizadas ou com propósitos
distintos dos previamente acordados.
Robson Rodovalho, além de líder religioso, teve
passagem pela política. Foi deputado federal entre 2006 e 2010, mas teve seu
mandato cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por infidelidade
partidária ao trocar o DEM pelo PP.
A decisão de Moraes reforça o controle rígido sobre
quem pode ter acesso ao ex-presidente, mesmo em caráter religioso, e evidencia
a crescente tensão entre o Judiciário e apoiadores de Bolsonaro.
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