O julgamento de Jair Bolsonaro começou na Primeira
Turma do STF. É um processo cheio de vícios: Moro foi considerado suspeito por
muito menos, mas aqui temos Moraes acumulando os papéis de vítima, investigador
e juiz. Sem falar na imparcialidade de Flávio Dino e Cristiano Zanin.
O rito segue um roteiro pronto. A sessão abre,
Moraes lê seu relatório, o procurador Paulo Gonet fala por duas horas e depois
a defesa tenta se virar contra um tribunal que já parece ter sentença na manga.
A pressa é tanta que já existe data para encerrar: 12 de setembro. A pergunta
é: para quê essa correria? Justiça não combina com cronograma político.
Bolsonaro, Mauro Cid, Ramagem e outros são réus, mas a forma como o julgamento
é conduzido ameaça todo ordenamento jurídico do Brasil. E, convenhamos, o
Supremo deveria estar acima de jogo político ou desejo de vingança.
Blog do Gustavo Negreiros
Nenhum comentário:
Postar um comentário