O ministro Alexandre de Moraes, do STF
(Supremo Tribunal Federal), autorizou nesta segunda-feira (1) que o
ex-presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL) visite o
ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em prisão domiciliar.
Conforme o despacho, a visita deve ser realizada
ainda nesta segunda, até às 18h.
O pedido foi enviado ao Supremo pela defesa do
ex-presidente às vésperas do julgamento sobre a participação de Bolsonaro em
tentativa de golpe de Estado. O ex-presidente está em domiciliar
desde o início do mês após descumprir medidas cautelares que o impediam de
utilizar redes sociais.
Apesar de não estar por trás das grades, a prisão
conta com uma série de restrições e monitoramento por parte da Justiça.
Todas as visitas, com exceção de advogados e alguns
familiares, devem ser previamente autorizadas por Moraes. Além disso, os
convidados estão proibidos de usar o celular, tirar fotos ou fazer vídeos com o
ex-presidente.
Além disso, ao entrar no condomínio, carros e
porta-malas dos visitantes serão vistoriados pela polícia.[
Lira presidiu a Câmara dos Deputados entre 2021 e
2024. Dois anos da gestão foram durante o governo de Bolsonaro. Nas eleições de
2022, Lira declarou apoio ao ex-presidente.
No dia seguinte à decisão que decretou a domiciliar,
Arthur Lira publicou nas redes sociais que as medidas contra Bolsonaro
eram “exageradas”. Disse ainda que o Brasil precisa “tratar
melhor seus ex-presidentes”.
“As medidas aplicadas a Jair Bolsonaro são
exageradas e acirram os ânimos em um país já polarizado que, na verdade,
precisa de paz e estabilidade para progredir”, escreveu na ocasião.
O pedido de visita se dá um dia antes do início do
julgamento de Bolsonaro no Supremo. A partir desta terça-feira (2),
a Primeira Turma do STF começa a analisar a acusação sobre a
participação do ex-presidente e mais sete réus em uma tentativa de golpe de
Estado após as eleições de 2022. Se condenado, Bolsonaro pode pegar mais de 40
anos de prisão.
Fonte: CNN Brasil
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