Mais de mil pessoas aguardam por um transplante de órgãos
no Rio Grande do Norte. Os dados são da Central Estadual de Transplantes,
vinculada à Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap).
Neste início de setembro, 1.043 pacientes
estão na fila de espera: dois por coração, 22 por medula óssea, 363 por rins
e 656 por córneas.
De janeiro até agosto deste ano, o estado realizou
185 transplantes, sendo um de coração, 37 de rins, 63 de medula óssea (até
julho) e 84 de córneas. "Nosso objetivo é que esse número cresça muito
mais, pois muitas pessoas ainda aguardam", afirmou a coordenadora da
Central Estadual de Transplantes do RN, Rogéria Medeiros.
A campanha Setembro Verde, lançada nesta
segunda-feira (1º) no Hospital Deoclécio Marques de Lucena, em Parnamirim,
busca incentivar a doação de órgãos. O evento reuniu gestores, profissionais de
saúde, familiares de doadores e transplantados.
"Temos que apontar os caminhos da informação
correta sobre os transplantes, a doação. Precisamos que as pessoas entendam o
papel da solidariedade e da empatia", disse o secretário de Saúde do RN,
Alexandre Motta.
Maria Pimentel, servidora do hospital, relatou a
experiência de doar os órgãos do filho e conhecer uma das pessoas que recebeu a
doação. "Só em saber, de alguma forma, que os órgãos do meu filho estão em
outras vidas, dando vida, melhorando a qualidade de vida de alguém, já é um
conforto", afirmou.
O Ministério da Saúde aponta que, a cada 14 pessoas
que manifestam interesse em doar, apenas quatro efetivamente se tornam
doadoras. A recusa familiar é um dos principais fatores que impedem a
concretização das doações.
A Central de Transplantes do RN também coordena a
captação de órgãos em hospitais do estado e, em alguns casos, o envio para
outras regiões do país, em parceria com a Secretaria de Segurança Pública e
Defesa Civil (Sesed) e a Força Aérea Brasileira.
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