O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro (Partido
Socialista Unido, esquerda), pediu na 6ª feira (5.set.2025) que os Estados
Unidos interrompam as ameaças ao território do país, iniciadas em 20 de agosto,
quando o governo Donald Trump (Partido Republicano) anunciou o envio de navios
de guerra para o mar do Caribe sob a justificativa de combater cartéis de
drogas.
Durante discurso a milicianos em Caracas, Maduro
afirmou que os EUA tentam impor uma “mudança violenta de regime” no país. Disse
que as diferenças com os norte-americanos poderiam levar a um “conflito militar
de grande impacto”. Ele aproveitou para dizer que respeita Trump. As
declarações foram dadas depois de o presidente norte-americano autorizar seu
Exército a derrubar aviões venezuelanos e enviar caças F-35 a Porto Rico.
“O governo dos Estados Unidos deve abandonar seu
plano de mudança violenta de regime na Venezuela e em toda a América Latina e o
Caribe e respeitar a soberania, o direito à paz, à independência. Eu o respeito
[Trump]. Nenhuma das diferenças que tivemos e continuamos a ter poderia levar a
um conflito militar de grande impacto ou à violência na América do Sul. Não há
justificativa para isso”, disse Maduro.
TENSÃO NO MAR
O governo Trump anunciou em 20 de agosto o envio de
3 navios de guerra para a costa venezuelana. A Casa Branca usa o combate ao
narcotráfico como justificativa para a ação.
Os EUA também aumentaram para US$ 50 milhões a
recompensa por informações que levem à captura do presidente da Venezuela.
Maduro é acusado pelos norte-americanos de vínculos com cartéis de drogas.
Na 2ª feira (1º.set), Maduro disse que os EUA têm
1.200 mísseis navais apontados contra a Venezuela. O chavista deu a declaração
a jornalistas em Caracas. Segundo ele, além dos navios, um submarino estaria
posicionado em águas próximas ao território venezuelano.
Maduro classificou a operação como “a maior ameaça
já vista” no continente “nos últimos 100 anos”. Disse que a mobilização representa
“uma ameaça extravagante, injustificável, imoral e absolutamente criminosa,
sangrenta”.
Poder 360
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