Eduardo Tagliaferro, ex-assessor do ministro
Alexandre de Moraes no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), afirmou em audiência
da Comissão de Segurança Pública do Senado nesta terça-feira (2) que seria “o
maior prazer da sua vida” realizar uma acareação junto ao magistrado.
A medida é utilizada na Justiça para confrontar duas
ou mais pessoas com depoimentos contraditórios.
Tagliaferro foi chefe da Assessoria Especial de
Enfrentamento à Desinformação do TSE e chegou a ser denunciado pela PGR
(Procuradoria-Geral da República) por violação de sigilo funcional, coação no
curso do processo e outros dois crimes.
O caso foi anexado ao inquérito que apura o
vazamento de conversas de servidores do STF (Supremo Tribunal Federal) e do TSE
(Tribunal Superior Eleitoral), divulgadas em reportagens do jornal Folha de
S.Paulo.
De acordo com relatório da PF (Polícia Federal),
Tagliaferro teria participado do vazamento. Ele nega as acusações. Após as
investigações virem a tona, o ex-assessor deixou o país e se mudou para a
Itália.
De acordo com o Ministério da Justiça, o pedido de
extradição para o mesmo já foi encaminhado ao Itamaraty.
A fala de Tagliaferro acontece no mesmo período em
que se inicia o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por tentativa
de golpe de Estado. O seu depoimento foi pedido pelo filho do ex-mandatário,
senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que preside a Comissão.
“No horário do julgamento, vou estar ouvindo o
ex-assessor de Alexandre de Moraes, o sr. Eduardo Tagliaferro, na Comissão de
Seguranca Pública, do Senado, da qual sou presidente. Tagliaferro deve fazer
mais denúncias sobre a milícia paralela de Moraes no TSE, usada para
desequilibrar a disputa eleitoral em 2022 e favorecer Lula”, afirmou Flávio à
CNN no dia anterior.
Eduardo Tagliaferro participa da Comissão por
videoconferência.
CNN
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