terça-feira, 23 de setembro de 2025

Edital do Mercado da Redinha será lançado nos próximos dias, afirma vice-prefeita

 


A Prefeitura do Natal se prepara para lançar o edital de licitação do Mercado da Redinha nos próximos dias. O processo é a última etapa antes da concessão do equipamento à iniciativa privada, após a análise dos estudos de viabilidade econômico-financeira e de modelagem jurídico-institucional apresentados no Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI). Segundo a vice-prefeita Joanna Guerra, em entrevista ao programa Tribuna Livre da Rádio Jovem Pan News Natal, o edital deverá ser lançado “nos próximos dias” para que em breve o equipamento volte a funcionar.

Com concessão prevista por um período de 25 anos, o Complexo Turístico da Redinha contempla uma área de 16,5 mil m², que recebeu investimento municipal de aproximadamente R$ 30 milhões, com 33 boxes de venda, sete espaços para restaurantes e um deck panorâmico. De acordo com Joanna, o trabalho de avaliação dos estudos foi concluído em parceria com o Instituto Fecomércio e a Procuradoria do Município, e o documento será submetido ao prefeito nos próximos dias.

“O nosso próximo passo é o mais importante, que é a licitação e que vai ser lançada nesses próximos dias. Houve um credenciamento de empresas e uma foi credenciada para apresentar os estudos de viabilidade econômica. Nós recebemos esses estudos agora no final de agosto, estudos de muita qualidade, em que analisamos todo esse material junto com o Instituto Fecomércio e a Procuradoria do Município, e chegamos a um edital de licitação. Esse edital vai ser apresentado para o prefeito nos próximos dias, através da Secretaria de Parcerias e Concessões, para que possamos marcar e lançar a licitação do mercado”, afirmou a vice-prefeita.

Para ela, o objetivo da gestão é organizar o mercado e reinseri-lo na rota do turismo potiguar. “Quem apresentou os estudos foi uma empresa que hoje é responsável pelo gerenciamento do Mercado de São Paulo. Então, há uma expectativa positiva de que tenhamos empresas de qualidade concorrendo nesse edital de licitação, e queremos o mercado funcionando já na alta estação do próximo ano. O final do ano está se aproximando, vem o verão e sabemos que as pessoas precisam estar ali trabalhando, ganhando seu dinheiro”, destacou.

O edital a ser lançado trata-se de uma relicitação realizada pela Prefeitura, após o primeiro pregão eletrônico aberto não ter recebido propostas no final de 2024. Ao todo, foram 172 consultas, mas sem propostas anexadas. Nele, a ideia era manter os contratos firmados com os antigos ocupantes pelo prazo de quatro anos, prorrogáveis por idêntico período, desde que preenchidos os requisitos e metas exigidas.

Apesar do otimismo da gestão municipal, comerciantes que atuam no entorno do mercado relatam dificuldades provocadas pelo fechamento prolongado. A comerciante Ivanize Barbosa, 78, que trabalha há quase meio século na Redinha, considera que a falta de diálogo com a Prefeitura causa incertezas. Atualmente, ela tem um ponto alugado em frente ao Mercado para continuar atendendo os clientes fiéis.

“Esse mercado precisa abrir para ser melhor para a gente. A Prefeitura não dá nenhuma satisfação. Não estamos sendo chamados para uma reunião, para alguma coisa. Todo mundo que chega e pergunta: ‘Quando vai abrir esse mercado?’ e eu não sei o que dizer. Queria pelo menos uma coisa certa: que dissessem: ‘vamos abrir tal dia, tal hora, tal mês’”, desabafou. Com o mercado fechado desde meados de fevereiro, quando ocorreu a última abertura, o movimento diminuiu.

A situação é a mesma vivenciada por Nilton da Silva, 60, que mantém um mercadinho há 10 anos próximo ao equipamento. “É um desperdício muito grande o que fizeram aqui. Caiu muito o movimento, mais de 95%. Quando estava aberto, era bom demais, vivia lotado. Agora, o pessoal chega a perguntar se está aberto. Todo domingo vem gente de Recife. Ontem [domingo] vieram três ônibus lotados. Eles vieram porque viram fotos e acharam muito lindo, mas quando chegaram aqui não tinha nada”, contou.

Para Joanna Guerra, a Redinha está perto de virar a página desse longo período de espera. “O edital está muito bem elaborado e acredito que vamos conseguir vencer. Eu sou muito otimista, mas também pé no chão. Temos situações que podem acontecer, como questões jurídicas, que não são inerentes à Prefeitura de Natal. Mas, no que cabe à Prefeitura, o objetivo é esse: ter o mercado funcionando”, finalizou a vice-prefeita.

 

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