A influenciadora Virginia Fonseca foi coroada como
rainha de bateria da escola de samba Acadêmicos do Grande Rio neste sábado, 20.
Ela herda o posto até então ocupado por Paolla Oliveira, que esteve presente na
quadra da escola para a transmissão do reinado. A passagem de bastão agitou as
redes sociais e dividiu opiniões sobre a escolha da agremiação.
O evento para a passagem da faixa reacendeu
polêmicas iniciadas quando Virgínia foi anunciada pela escola de Duque de
Caxias, em maio deste ano. Desde então, a influenciadora foi ironizada até
mesmo pelo Fantástico, que a chamou de “Rainha de BETeria” no quadro
humorístico Isso a Globo Não Mostra. A influenciadora foi convocada a depor
como testemunha na CPI das Bets. Nas redes sociais, muitos questionam a escolha
e a conexão de Virgínia com o samba.
Em vídeos e fotos divulgados pela própria Grande
Rio, é possível ver o momento em que Virgínia sobe ao palco da quadra da escola
e samba para se apresentar oficialmente como a nova rainha de bateria. O
logotipo de sua marca de cosméticos, Wepink, ao lado do símbolo da escola
também chamou atenção. “O nome da marca maior que o da agremiação”, criticou
uma pessoa no X, antigo Twitter.
Apesar da alta repercussão, Virgínia não é a
primeira influenciadora a cruzar a barreira para o território das escolas de
samba e do carnaval. No início de setembro, a Salgueiro anunciou GKay como nova
musa para o carnaval 2026. Já Mileide Mihaile, ex-peoa de A Fazenda, herdou o
cargo de Lexa como rainha de bateria da Unidos da Tijuca. A maranhense, no
entanto, tem um histórico maior com agremiações, já tendo desfilado pela Grande
Rio e pela Independente Tricolor, de São Paulo.
Além delas, outros nomes como Andressa Urach,
Monique Rizzeto e Rayane Figliuzzi também estão entre as influenciadoras que
irão passar pela Marquês de Sapucaí no próximo ano.
Coroação de Virgínia repercutiu e
dividiu opiniões
Os vídeos da coroação mostram que o momento dividiu
opiniões, tanto na quadra quanto nas redes sociais. Em determinados trechos da
transmissão realizada ao vivo na noite do sábado, 20, é possível ouvir os
torcedores da escola clamando o nome de Paolla Oliveira enquanto Virgínia é
anunciada, com gritos de “Fica, Paolla”. Nas redes, alguns criticaram o samba
da influenciadora.
“A Virgínia não prometeu nada e ainda ficou
devendo”, alfinetou um. “Uma rainha de bateria precisa saber sambar, precisa
ter carisma, precisa ficar nítida a ligação dela com a escola. E infelizmente
não rolou”, opinou outra.
Mesmo assim, houve quem saísse em defesa de
Virgínia. “Por ser a primeira experiência dela no meio do carnaval, eu achei
que ela arrasou. Ela vai evoluir e até o carnaval vai calar a boca de muita
gente”, apostou uma fã. “No início ela estava muito nervosa e ficou perdida,
mas depois ela foi soltando o samba no pé”, declarou outra.
A Grande Rio também definiu o samba-enredo para o
carnaval do próximo ano no evento de coroação. A escola selecionou o hino dos
compositores Ailson Picanço, Marquinho Paloma, Davison Wendel, Xande Pieroni e
Marcelo Moraes para embalar o enredo A Nação do Mangue, do carnavalesco Antônio
Gonzaga. A escola irá celebrar o Manguebeat, movimento de contracultura que
surgiu no Recife, em Pernambuco.
Estadão Conteúdo
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