sábado, 6 de setembro de 2025

Comercializar joias sem nota fiscal pode configurar crime, alertam especialistas

 


A venda de joias em ouro sem a emissão de nota fiscal para o cliente é considerada uma prática irregular e pode configurar crime contra a ordem tributária, de acordo com especialistas em direito empresarial e tributário.

No Brasil, toda operação comercial deve ser acompanhada de nota fiscal, documento que comprova a origem do produto, garante direitos ao consumidor e assegura o recolhimento dos tributos devidos. No caso de joias, a exigência é ainda mais rigorosa, já que se trata de um bem de alto valor agregado e sujeito à fiscalização da Receita Federal.

Segundo o advogado tributarista João Batista, deixar de emitir o documento caracteriza sonegação fiscal e pode resultar em sanções severas. “A não emissão da nota fiscal impede o recolhimento de impostos e prejudica o consumidor, que fica sem a comprovação legal da compra. Isso pode ser enquadrado na Lei 8.137/1990, que trata dos crimes contra a ordem tributária, com pena que varia de dois a cinco anos de reclusão, além de multa”, explica.

Além do aspecto criminal, a ausência de nota fiscal compromete a segurança do comprador. Sem o documento, não há garantia formal sobre a autenticidade da peça nem possibilidade de reivindicar direitos em casos de defeito, fraude ou necessidade de revenda.

A Receita Federal e as secretarias estaduais de tributação realizam fiscalizações periódicas no setor de ourivesaria e joalheria. Comerciantes flagrados vendendo sem nota podem ter os produtos apreendidos, sofrer autuações e enfrentar processos judiciais.

Para os consumidores, a orientação é clara: exigir sempre a nota fiscal. O documento não apenas garante a legalidade da transação, mas também funciona como proteção em eventuais disputas comerciais ou jurídicas.

 

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