sábado, 6 de setembro de 2025

Cegueira, infarto e dependência: Anvisa alerta para risco do uso indiscriminado de tadalafila

 


O uso recreativo de medicamentos para disfunção erétil, como o que tem ocorrido com a tadalafila ou da “tadala” (como foi apelidada), levou a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a divulgar nesta sexta-feira, 5, um alerta sobre os riscos à saúde da utilização sem prescrição médica dessa substância e de remédios como ildenafila,vardenafila, udenafila e lodenafila. O uso indiscriminado está relacionado a eventos graves, como infarto, acidente vascular cerebral (AVC), alterações na pressão arterial, além de perda de visão ou audição.

A tadalafila está no centro de uma perigosa moda entre jovens para impulsionar a energia sexual e o ânimo nas academias, usos que estão fora das indicações em bula e, no caso da performance física, não tem comprovação científica. Reportagem de VEJA mostrou que o consumo estava turbinando a folia durante o carnaval deste ano.

O que mais preocupa os especialistas é que este medicamento costuma ser ingerido pelos jovens em festas com álcool e drogas. Além dos riscos à saúde não previstos com essa combinação, eles ficam mais expostos a infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) e acidentes ao fazer misturas e abuso de substâncias.

“O uso recreativo e sem supervisão médica de medicamentos ou formulações contendo sildenafila, tadalafila, vardenafila, udenafila e lodenafila tem se disseminado no Brasil, principalmente pelas redes sociais, motivado pela busca estética em academias e de forma recreativa como adjuvante da performance física e para a melhoria do desempenho sexual. O uso para fins estéticos não possui comprovação de eficácia e segurança e, assim como o uso recreativo com substâncias ilícitas, pode levar a eventos adversos graves, tanto conhecidos como desconhecidos”, diz a agência.

No ano passado, a tadalafila foi o terceiro medicamento mais vendido do país, totalizando 31,4 milhões de caixas comercializadas.

VEJA

 

 

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