A Venezuela ameaça EUA após a aproximação de sete
navios de guerra e um submarino nuclear norte-americanos, que transportam mais
de 4.500 marinheiros e fuzileiros. O movimento elevou a tensão entre Caracas e
Washington, especialmente diante das declarações da vice-presidente Delcy Rodriguez,
no sábado (30).
Durante ato público para atrair voluntários ao
alistamento militar, Rodriguez afirmou que um ataque contra o país seria uma
tragédia para os Estados Unidos. “Que eles não se atrevam, porque seremos seu
pior pesadelo”, declarou.
Maduro convoca mobilização militar
Além disso, o presidente Nicolás Maduro reforçou o
tom de enfrentamento. Em discurso recente, fardado e diante de apoiadores, o
líder venezuelano pediu que os cidadãos se juntem às forças armadas. Segundo
ele, mais de 4,5 milhões de integrantes da milícia já estariam prontos para
atuar em caso de conflito.
Conforme o governo venezuelano, a aproximação das
embarcações representa uma clara provocação. No entanto, autoridades
norte-americanas garantem que os navios permanecem em águas internacionais, com
a missão de combater o tráfico internacional de drogas.
Conflito de narrativas entre Caracas e
Washington
De acordo com a Casa Branca, a operação, iniciada no
dia 18, integra a estratégia do então presidente Donald Trump contra cartéis
latino-americanos, classificados por Washington como organizações terroristas
globais. Por outro lado, Caracas vê a movimentação como uma ameaça direta à sua
soberania.
Assim, a retórica de ambos os lados acirra a crise
diplomática, ao mesmo tempo em que aumenta a preocupação de países vizinhos.
Ainda assim, especialistas defendem que a situação pode se manter no campo da
intimidação política, sem evoluir para um confronto imediato.
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