Um padre do município de Floriano, localizado a 246
km de Teresina, no Piauí (PI), foi afastado de seu cargo nessa quinta-feira
(14/8) após ter um vídeo íntimo vazado nas redes sociais.
Identificado como Vinícius José de Madeira Messias,
o padre foi afastado, por tempo indeterminado, de todo e qualquer
exercício público do ministério sacerdotal.
No vídeo que circula nas redes sociais e em grupos
de mensagens entre os moradores da cidade, o religioso aparece mantendo
relações sexuais com uma mulher cuja identidade não foi revelada.
Em nota, a Diocese de Floriano escreveu que Vinícius
José não pode mais comandar celebrações. Apesar de anunciar o afastamento, a
Instituição da Igreja Católica não citou o motivo que teria culminado na
decisão.
“Fica-lhe vedada a celebração pública dos
sacramentos e sacramentais, bem como a presidência ou concelebração da
Eucaristia com a participação de fiéis, exceto nos casos em que o próprio
direito concede faculdade, como no atendimento sacramental de fiéis em perigo
de morte”, informou.
A Diocese escreveu que o afastamento trata-se de
“uma medida de caráter pastoral e administrativo, adotada com espírito de
prudência, visando o bem da Igreja, o cuidado com o povo de Deus confiado a
esta diocese e a devida atenção à pessoa do sacerdote”.
Uma captura de tela do vídeo íntimo circula na
internet. A mulher teve o rosto preservado, escondido por um emoji. No caso do
padre, é possível identificar sua identidade na foto.
DO BLOG
Após o vazamento de um vídeo íntimo, um
padre foi afastado de suas funções. Esse caso levanta um questionamento
importante: se, segundo o ensinamento bíblico, “Deus criou o homem para a
mulher e a mulher para o homem”, por que motivo um padre não poderia se casar
e, ainda assim, continuar exercendo o sacerdócio? Muitos fiéis se perguntam por
que o celibato continua obrigatório, mesmo não sendo um dogma divino, mas sim
uma norma institucional da Igreja.
Historicamente, o celibato obrigatório
para padres na Igreja Católica foi estabelecido apenas a partir do século XI,
principalmente por razões administrativas e de organização patrimonial. Antes
disso, era comum que sacerdotes fossem casados. Portanto, trata-se de uma regra
humana e disciplinar, e não de um mandamento bíblico. Diante disso, não parecem
faltar argumentos religiosos ou teológicos para permitir que padres tenham uma vida
conjugal sem que isso prejudique seu ministério.
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