Um ano após a implementação da chamada “taxa das
blusinhas”, a Amobitec, associação que representa empresas de mobilidade e
tecnologia, divulgou sua primeira pesquisa sobre a implementação da medida, que
constatou que as classes C, D e E foram as mais afetadas.
Taxa das blusinhas é como ficou conhecida a lei
brasileira que passou a vigorar em 1º de agosto de 2024 e implementou imposto
de importação de 20% sobre compras de até US$ 50 feitas por pessoas físicas em
plataformas internacionais de comércio eletrônico, como Shein e Shopee.
A medida também impõe ICMS, de 17% a 20%, recolhido
pelos estados.
O levantamento, realizado nos primeiros oito meses
de implementação da lei, mostra que o volume de compras internacionais
realizadas pelos consumidores das classes média e baixa caiu 35% —o que
representa 14 milhões de pessoas que deixaram de importar via sites de comércio
online.
Esse recuo representa o triplo da queda observada
nas classes A e B, que foi de 11%. Em números absolutos, 4 milhões dos
consumidores mais abastados deixaram de adquirir produtos nas plataformas de
e-commerce internacional após o início da taxa das blusinhas.
O levantamento também identificou que o percentual
de pessoas das classes C, D e E que desistem de comprar produtos ao chegar ao
preço final no encerramento da compra em sites internacionais, quando são
calculadas todas as taxas, subiu de 35% para 45%.
Desses, 40% decidiram não comprar esses mesmos itens
em nenhum outra plataforma de comércio online.
A pesquisa foi realizada com cerca de 2 mil pessoas
e considerou consumidores das classes A, B1, B2, C1, C2, D e E. A margem de
erro é de 3 pontos percentuais, com um intervalo de confiança de 95%.
Painel – Folhapress
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