Estudo da Federação das Indústrias do Estado de
Minas Gerais (Fiemg) aponta que, mesmo com as isenções concedidas ao tarifaço
de 50% imposto pelos Estados Unidos e que entrou em vigor nesta quarta-feira
(6/8), o PIB brasileiro pode sofrer um impacto negativo de R$ 25,8 bilhões no
curto prazo.
Para o longo prazo, a estimativa é de uma perda de
R$ 110 bilhões. A federação calcula ainda que a queda na renda das famílias
alcançará R$ 2,74 bilhões em até dois anos. E haverá redução de 146 mil postos
de trabalho formais e informais.
O levantamento da Fiemg divulgado na terça-feira
(5/8) indica que os setores industriais mais atingidos serão siderurgia,
fabricação de produtos de madeira, de calçados e de máquinas e equipamentos
mecânicos.
Na agropecuária, o efeito recai sobre a pecuária,
especialmente a cadeia da carne bovina, que segue fora da lista de isenções
tarifárias e representa parcela significativa da pauta exportadora nacional.
O Brasil exportou aproximadamente US$ 40,4 bilhões
aos EUA em 2024, o equivalente a 1,8% do PIB nacional. Metade desse valor está
concentrado em combustíveis minerais, ferro e aço, e máquinas e equipamentos —
setores diretamente afetados pelas novas tarifas.
Os produtos brasileiros que seguem sujeitos à
taxação representam cerca de 55% das exportações ao mercado americano, um total
de aproximadamente US$ 22 bilhões. Entre os itens mais afetados estão café,
carne bovina, produtos semimanufaturados de ferro e aço e produtos
manufaturados.
Metrópoles
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