segunda-feira, 18 de agosto de 2025

Reserva de emendas desacelera e só 10% do ano foi pago

 


O ritmo de liberação de emendas parlamentares caiu em agosto após dois meses de forte empenho. Entre 1º e 14 de agosto, apenas R$ 1 bilhão foi reservado pelo governo, contra R$ 7,3 bilhões em julho. A média diária de empenhos despencou de R$ 234 milhões para R$ 73,8 milhões — queda de 68,5%.

Até agora, dos R$ 12,1 bilhões empenhados em 2025, apenas R$ 5,2 bilhões foram efetivamente pagos. Isso representa 10,3% dos R$ 50,4 bilhões previstos para o ano, segundo dados do Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento (Siop).

A demora na execução das emendas tem irritado deputados e senadores, justamente no momento em que o governo busca apoio no Congresso para aprovar pautas consideradas prioritárias.

Entre elas estão a medida provisória que prevê socorro aos exportadores afetados pelo tarifaço anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), e o projeto de lei que isenta do Imposto de Renda quem recebe até R$ 5 mil mensais. A proposta pode beneficiar cerca de 10 milhões de brasileiros e é tratada pelo Planalto como peça central para a campanha de reeleição do presidente Lula em 2026.

O relator do projeto, deputado Arthur Lira (PP-AL), já indicou que a votação pode atrasar. Enquanto isso, a pressão sobre o governo cresce, já que parlamentares querem garantir a execução das emendas para mostrar obras e investimentos em suas bases eleitorais, de olho nas eleições do próximo ano.

O Planalto, por sua vez, alega que os atrasos se devem à aprovação tardia da Lei Orçamentária Anual, que só foi sancionada no fim de março.

Com informações do Poder 360

 

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