O ritmo de liberação de emendas parlamentares caiu
em agosto após dois meses de forte empenho. Entre 1º e 14 de agosto, apenas R$
1 bilhão foi reservado pelo governo, contra R$ 7,3 bilhões em julho. A média
diária de empenhos despencou de R$ 234 milhões para R$ 73,8 milhões — queda de
68,5%.
Até agora, dos R$ 12,1 bilhões empenhados em 2025,
apenas R$ 5,2 bilhões foram efetivamente pagos. Isso representa 10,3% dos R$
50,4 bilhões previstos para o ano, segundo dados do Sistema Integrado de
Planejamento e Orçamento (Siop).
A demora na execução das emendas tem irritado
deputados e senadores, justamente no momento em que o governo busca apoio no
Congresso para aprovar pautas consideradas prioritárias.
Entre elas estão a medida provisória que prevê
socorro aos exportadores afetados pelo tarifaço anunciado pelo presidente dos
Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), e o projeto de lei que
isenta do Imposto de Renda quem recebe até R$ 5 mil mensais. A proposta pode
beneficiar cerca de 10 milhões de brasileiros e é tratada pelo Planalto como
peça central para a campanha de reeleição do presidente Lula em 2026.
O relator do projeto, deputado Arthur Lira (PP-AL),
já indicou que a votação pode atrasar. Enquanto isso, a pressão sobre o governo
cresce, já que parlamentares querem garantir a execução das emendas para
mostrar obras e investimentos em suas bases eleitorais, de olho nas eleições do
próximo ano.
O Planalto, por sua vez, alega que os atrasos se
devem à aprovação tardia da Lei Orçamentária Anual, que só foi sancionada no
fim de março.
Com informações do Poder 360
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