sexta-feira, 22 de agosto de 2025

Quadrilha de funcionários da Caixa aplicava fraudes há mais de 20 anos

 


A Polícia Federal (PF) revelou que a quadrilha de funcionários da Caixa Econômica Federal, alvo de operação nesta quinta-feira (21/8), aplicou fraudes de alta complexidade contra o sistema financeiro nacional e programas sociais por cerca de 20 anos.

Segundo o delegado Wanderson Pinheiro da Silva, chefe da Delegacia de Polícia Federal em Niterói (RJ), a organização criminosa operou por duas décadas com base no mesmo modus operandi.

Entenda:

Os criminosos abriam novas empresas ou obtiam empresas inativas.

Cooptavam indivíduos de baixa renda para serem sócios das empresas de fachada.

Um integrante da quadrilha cedia um imóvel de seu real empreendimento para se passar como local das empresas de fachada.

Abriam contas em bancos e faziam transferências simuladas entre as empresas sob direção da quadrilha para dar aparência de legalidade.

Tomavam empréstimos e financiamento de linhas específicas de crédito.

Mantinham os pagamentos em dia por um período e depois o grupo “estourava” a empresa e auferia lucros milionários.

O delegado informou que a PF dará continuidade às investigações até que todos os envolvidos estejam presos.

A operação

A 2ª Fase da Operação Oasis 14 foi deflagrada nesta quinta-feira (21/8).

Cerca de 140 policiais federais saíram às ruas para cumprir 26 mandados de prisão e 28 de busca e apreensão em oito cidades do Rio de Janeiro e na capital paulista.

As investigações começaram em maio de 2024 e revelaram um esquema de alta complexidade, responsável por prejuízo estimado em mais de R$ 110 milhões ao sistema financeiro.

O grupo criminoso utilizava mais de 330 empresas de fachada, além de recorrer a “laranjas” de baixa renda e até a sócios fantasmas. A fraude contava com o envolvimento direto de seis funcionários da Caixa Econômica Federal e quatro de bancos privados, que facilitavam a abertura de contas e a concessão de empréstimos fraudulentos.

Os investigados deverão responder por uma série de crimes graves, que vão desde organização criminosa e estelionato qualificado até crimes contra o sistema financeiro nacional. Também foram apontadas práticas de corrupção ativa e passiva, além de lavagem de dinheiro, em um esquema que, segundo a Polícia Federal, movimentou valores milionários de forma ilícita.

À coluna, a Caixa declarou que, quando identificados indícios de ilícitos, atua conjuntamente com os órgãos de segurança pública nas investigações e operações que combatem tais ocorrências.

“O banco aperfeiçoa, continuamente, os critérios de segurança de acesso aos seus aplicativos e movimentações financeiras, acompanhando as melhores práticas de mercado e as evoluções necessárias ao observar a maneira de operar de fraudadores e golpistas, e monitora ininterruptamente seus produtos, serviços e transações bancárias para identificar e investigar casos suspeitos.”

Metrópoles

 

 

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