Azul, Latam e Gol pressionam o ministro da Fazenda,
Fernando Haddad, a apresentar a conta do aumento da alíquota do IOF (Imposto sobre
Operações Financeiras), que passou de 0,36% para 3,5% e incide sobre o
arrendamento de aeronaves.
Nos cálculos do setor, o aumento da tarifa custará
R$ 600 milhões a mais do que é pago hoje de IOF pelas três empresas — um custo
que será repassado ao preço das passagens.
Os CEOs das três empresas – John Rodgerson (Azul);
Celso Ferrer (Gol) e Jerome Cadier (LATAM) – se reuniram com Haddad na
sexta-feira, 15/08, em São Paulo. Juliano Noman, presidente da Abear
(Associação Brasileira das Empresas Aéreas) também participou.
A coluna da Andreza Matais apurou que o ministro não
sinalizou possibilidade de recuo. O governo conta com a receita do IOF para
pagar as contas. A medida foi derrubada pelo Congresso, mas retomada por
decisão do Supremo.
O setor também advertiu sobre os impactos da reforma
tributária no preço das tarifas.
Atualmente, a carga tributária limita-se ao
PIS/Cofins. Com a implementação gradual da reforma a partir de 2026, o setor
passará a ser tributado pelo Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e pela
Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), com alíquota estimada em 26,5%.
Conforme mostrou a coluna, Azul e Latam colocaram à
venda voos de Belo Horizonte para Belém, com 30 horas de duração (daria para ir
até a China), no período da COP-30. Sem escala, a duração é de três horas.
Em entrevista ao Contexto Metrópoles, o ministro
Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos) afirmou que mantém conversas com
empresas estrangeiras para que ofereçam rotas nacionais. Um movimento sempre
barrado pelo poderoso lobby da Latam, Gol e Azul.
Metrópoles – Andreza Matais
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