O Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou o pedido
da defesa do rapper Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, conhecido como Oruam,
para a devolução de bens apreendidos durante as investigações. O cantor está
preso desde 22 de julho de 2025, acusado de crimes como disparo de arma de
fogo, associação ao tráfico, lesão corporal, ameaça e desacato.
A decisão foi tomada pelo ministro Rogério Schietti
Cruz na última terça-feira (12). Segundo o magistrado, o pedido é incabível, já
que não trata de ameaça ao direito de locomoção, mas apenas da restituição de
bens.
Bens seguem retidos como medida judicial
De acordo com o STJ, os objetos apreendidos
permanecem como medida assecuratória, necessária ao andamento do processo. A
devolução poderá ser analisada ao término da investigação, caso seja comprovada
a origem lícita dos itens.
Processo por tentativa de homicídio
Oruam e um amigo também se tornaram réus por
tentativa de homicídio qualificado. Segundo o Ministério Público, no dia 20 de
fevereiro, eles teriam atirado pedras de até 4,8 kg contra policiais, atingindo
o delegado Moysés Santana, durante uma operação em sua residência.
Suspeita de vínculos com o crime
organizado
Relatórios da Polícia Civil apontam que o rapper
mantinha contato com líderes do Comando Vermelho e de facções rivais, incluindo
videoconferências com traficantes. Para os investigadores, Oruam exerceria
papel de destaque dentro da estrutura criminosa.
Apesar das denúncias, o artista nega qualquer
ligação com o tráfico. Em entrevista ao SBT, antes de se entregar, afirmou:
“Não sou bandido, tudo o que conquistei foi com minha música”.
Quem é Oruam
Oruam tem 24 anos e é filho de Marcinho VP, um dos
chefes do Comando Vermelho, condenado a 44 anos de prisão. O rapper, que soma
mais de 10 milhões de ouvintes no Spotify, possui uma base fiel de fãs,
conhecida como “Tropa do Oruam”, que o acompanha até mesmo em aparições na
Justiça.
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