terça-feira, 5 de agosto de 2025

Oposição apresenta “pacote da paz” e propõe anistia e impeachment de Moraes

 


Em coletiva na manhã desta terça-feira (5), deputados e senadores da oposição propuseram um “pacote da paz” em protesto contra a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que determinou a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Entre os principais pontos do pacote estão o pedido por “anistia ampla, geral e irrestrita” e o impeachment de Moraes.

 “Veio à tona o modus operandi de Alexandre de Moraes para perseguir quem ele quer. Ele tinha a sua milícia secreta no TSE para que ele pudesse, enquanto conduzindo um processo no Supremo Tribunal Federal, usar uma estrutura judicial paralela para perseguir quem ele queria”, disse o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).

Flávio Bolsonaro também afirmou que a oposição já reúne todos os elementos para pautar a anistia aos condenados do 8 de janeiro, no plenário do Congresso. “Uma anistia ampla geral e irrestrita, que hoje não acontece porque há ameaças ao Congresso Nacional de que, se nós votarmos essa matéria, ela será declarada inconstitucional, e não é. É uma competência privativa do Congresso Nacional e nós temos que resgatar a independência dos Poderes”, declarou.

O senador Rogério Marinho, líder da oposição na Casa, fez críticas ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), que, segundo ele, não tem dialogado com o grupo. Marinho disse que Alcolumbre precisa “ter estatura” para dar seguimento à discussão do pedido de afastamento de Moraes. Marinho anunciou uma obstrução na Câmara e Senado em protesto à prisão de Bolsonaro.

O ex-presidente Jair Bolsonaro teve a prisão domiciliar decretada, pelo ministro Alexandre de Moraes, na noite de segunda-feira (4). Em julho, o ex-presidente já havia se tornado alvo de uma série de medidas cautelares por suposta tentativa de obstrução do processo no qual é réu por tentativa de golpe de Estado.

O líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), acrescentou na coletiva que a oposição não vai deixar a Câmara reabrir seus trabalhos do segundo semestre “enquanto não houver um diálogo sério para pensar soluções para o Brasil”. “Não vamos recuar enquanto não houver caminhos para a pacificação”, complementou Cavalcante.

Sóstenes afirmou ainda que a oposição está “entrincheirada”, a partir desta terça-feira, com “uma série de ações e uma coordenação centralizada”. O líder destacou que o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, teve uma “conversa de alinhamento” com outros dirigentes de partidos nesta manhã.

“A partir de agora estamos nos apresentando para a guerra. Se é guerra que governo quer, guerra terá. Não haverá paz no Brasil enquanto não houver discurso de conciliação, que passa pela anistia, pela mudança do fim do foro e pelo impeachment de Moraes”, destacou o líder do PL.

Com informações de Estadão Conteúdo.

 

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