Jason Miller, conselheiro do presidente dos Estados
Unidos (EUA), Donald Trump, declarou neste domingo (10/8) que “não vai parar”
ou “desistir” até que o ex-presidente do Brasil Jair Bolsonaro (PL) esteja
“livre”. Ele está em prisão domiciliar desde a última segunda-feira (4/8),
decretada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
A notícia é do Metrópoles. A declaração na rede
social X (ex-Twitter) foi em resposta a um internauta que declarou que “é mais
importante o impeachment de [Alexandre de] Moraes do que libertar Bolsonaro”.
Em tom de ameaça em uma primeira publicação, mas sem
citar Moraes, o ex-estrategista da campanha de comunicação de Trump, escreveu:
“Libertem Bolsonaro… ou então”, em resposta a uma reportagem do jornal O Globo,
na qual afirma que outros ministros da Corte estão “apavorados” com a
possibilidade de serem enquadrados na Lei Magnistky.
Este é mais um episódio na escalada de tensão entre
o Brasil e os Estados Unidos. Em 30 de julho, Moraes foi sancionado pelo
governo dos Estados Unidos. As medidas bloqueiam bens e contas nos EUA e proíbe
a entrada em território norte-americano.
Dessa forma, Moraes torna-se alvo da legislação
norte-americana criada em 2021, com o objetivo de punir autoridades
internacionais acusadas de violação aos direitos humanos.
Na noite de sábado (9/8), o governo brasileiro
rebateu a nova postagem da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, nas redes
sociais, na qual o vice-secretário de Estado norte-americano, Christopher
Landau, fez ataques indiretos ao magistrado.
Ataque à soberania nacional
Procurado pelo Metrópoles, o Ministério das Relações
Exteriores (MRE) disse que essa manifestação caracteriza um “novo ataque
frontal à soberania brasileira e a uma democracia que, recentemente, derrotou
uma tentativa de golpe de Estado”. A pasta reiterou, ainda, que o Brasil “não
se curvará a pressões, venham de onde vierem”.
O governo brasileiro manifestou, também, “absoluto
rechaço às reiteradas ingerências do governo norte-americano em assuntos
internos do Brasil”, e que sempre se posicionará contra ataques falsos, como as
da postagem do subsecretário de Estado dos EUA.
No X (ex-Twitter), o perfil da embaixada dos EUA no
Brasil republicou a versão traduzida do texto postado por Landau, onde ele
afirma que “um único ministro do STF usurpou o poder ditatorial” para ameaçar
líderes do Legislativo e Executivo no Brasil.
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