Os leitos de UTI do Hospital Maria Alice Fernandes,
em Natal,
foram desbloqueados nesta sexta-feira (15). No início do mês, sete leitos
- sendo cinco de UTI neonatal e dois de UTI pediátrica - haviam
sido bloqueados por falta de insumos e materiais básicos.
Com a reabertura, o hospital voltou a funcionar na
tarde desta sexta (15) com os 20 leitos de UTI disponíveis -
10 neonatal e 10 pediátricos.
A Secretaria de Estado da Saúde Pública do RN
(Sesap) informou que a reabertura ocorreu antes mesmo da pasta ser notificada
pela Justiça. Segundo o secretário Alexandre Motta, o Estado buscava uma
solução para a situação desde semana passada.
"A gente tinha conseguido alguns insumos que
não foram suficientes para permitir abrir, mas nesse intervalo de tempo a gente
fez algumas medidas. Uma delas foi a requisição através de três empresas",
explicou.
"Duas delas já entregaram os
insumos necessários e, associado a isso, a gente buscou a parceria com outros
entes públicos e também com um ente privado", completou.
Os entes citados pelo secretário foram: a Secretaria
de Saúde da Paraíba, o Hospital Universitário Ana Bezerra, em Santa Cruz, e a
Maternidade Escola Januário Cicco, o Hospital Infantil Varela Santiago e o
Hospital Rio Grande, em Natal.
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Em audiência pública nesta semana na Assembléia Legislativa do Rio Grande do
Norte, o secretário
havia informado que tentava acordos urgentes com entes públicos parceiros para
solucionar o problema.
Segundo o secretário, a pasta já havia reunido
materiais do Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel e do Santa Catarina, mas não
suficientes para a reabertura dos leitos.
"Na verdade, tinha insumos [em falta] que
incluíam desde medicamentos até material adequado para fazer procedimentos. E,
como toda UTI dessas, ela implica em procedimentos, alguns procedimentos
cirúrgicos. Isso também não estava disponível", completou.
O secretário pontuou que a decisão da direção local
ao fechar os leitos por falta de insumos foi correta pela necessidade que
havia.
"Pensando que é muito mais prudente
bloquear o leito, tirar do sistema que absolvia uma criança e você não teria
condições de garantir o melhor atendimento a ela, a medida foi correta. O que a
gente demorou e precisou fazer é essa construção da resolução do problema. Isso
foi feito a tempo e hoje tanto é que estamos aqui", pontuou.
O secretário também negou as denúncias de que uma
criança teria morrido neste período por falta de leitos no hospital.
Decisão
A decisão da magistrada Gisele Maria da Silva Araújo
Leite também determinou que o estado apresente, em 30 dias, um plano de ação
detalhado para a manutenção integral e ininterrupta dos serviços na Unidade de
Terapia Intensiva (UTI).
O plano deve incluir a comprovação do fornecimento
de todos os medicamentos e materiais necessários para o funcionamento seguro e
completo da UTI.
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