O ex-senador e atual presidente
do diretório do União Brasil no Rio Grande do Norte, José Agripino, afirmou que
falta fundamentos para as acusações do ex-presidente da legenda, Luciano Bivar,
realizadas em entrevista nesta terça-feira (12,) contra um suposto esquema que
envolvia a entrega de diretórios estaduais e municipais em troca de propinas.
Segundo a denúncia, o esquema era liderado pelo atual presidente do União,
Antônio de Rueda.
- Segundo
o parlamentar, as negociações aconteciam em um apartamento alugado em São
Paulo, utilizado para “receber encomendas”. As informações são do
jornal Folha de São Paulo.
Procurado pela reportagem da 98
FM nesta terça-feira (12), ele reforçou a ruptura da relação entre Bivar e
Rueda, ao afirmar ele foi “defenestrado (ou seja,
descartado)” da
presidência do partido. Apesar de pontuar que não tinha elementos “nem para
defender e nem para acusar” Bivar, ele considera que a demora na divulgação
mostra a fragilidade das acusações.
“O
Luciano Bivar foi uma pessoa que foi defenestrada da presidência da União
Brasil pelo comportamento dele. Só isso. Eu não tenho mais muito o
que comentar sobre uma pessoa que já foi defenestrada da presidência do
partido. São declarações que ele fez agora, extemporaneamente. Na minha
opinião, eu não tenho elementos para defender nem para acusar, mas
completamente fora de tempo. O tempo desse tipo de
acusação já passou. Deveria ter sido feito na oportunidade
devida. Não foi feito, clara, certamente, por falta de fundamento”, disse.
Em nota, Rueda rebateu as
acusações, classificando-as como “delírios e calúnias”. Ele destacou que a
trajetória de Bivar é marcada por derrotas eleitorais e processos judiciais, e
afirmou que o deputado pernambucano chegou a ameaçar sua filha, hoje com 12
anos. Leia a nota completa abaixo:
“Com
pesar, digo que a trajetória do sr. Luciano Bivar fala por si: foi rejeitado
nas urnas, afastado pela Justiça, responde a processos e agora recorre a
delírios e calúnias para tentar justificar sua irrelevância política. Lembro
que, há pouco mais de um ano, ele chegou ao ponto de ameaçar de morte minha
filha, que na época tinha apenas 12 anos. Esse episódio, por si só, revela quem
ele realmente é —e o descredibiliza para a política e para qualquer brasileiro
de bem.”
Distanciamento
O distanciamento entre os dois se
consolidou em abril do ano passado, quando o grupo que controlava o DEM se uniu
a Rueda para assumir o comando do União Brasil, afastando Bivar da presidência.
Desde então, o deputado federal afirma estar à margem da legenda e pretende
trocar de partido na próxima janela partidária.
“Enquanto for dirigido por alguém
que só trata de negociatas, não posso participar”, declarou Bivar. Apesar de
afirmar não possuir provas formais, ele diz ter presenciado pessoalmente
negócios ilegais de Rueda, inclusive em um hotel em São Paulo.
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