sábado, 23 de agosto de 2025

Hospital da Mulher realiza 1º parto após dois anos de inauguração em Mossoró

 


Hospital da Mulher Parteira Maria Correia, em Mossoró, na Região Oeste do Rio Grande do Norte, realizou nesta sexta-feira (22) o primeiro parto, após mais de dois anos de inauguração da unidade, ocorrida em dezembro de 2022.

A coordenadora do Centro de Parto Normal do hospital, Janaíne Oliveira, explicou que a demora para o primeiro parto ocorreu por um cumprimento de cronograma já previsto pela Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) para estruturação da unidade e também para a convocação de profissionais especializados.

"A Sesap vem cumprindo um cronograma de abertura do serviço, até para garantir a questão da qualidade técnica, da segurança técnica também, de receber o serviço que a gente vem realmente cumprindo", explicou.

"Até pela própria questão também de dificuldade orçamentária, da gente ter a contratação dessas pessoas, seja por concurso público, seletivo, contratação também de outras empresas, para garantir realmente a o dimensionamento e o atendimento da população de forma realmente correta. E foi necessário que a gente realmente tivesse esse tempo, e a gente vem cumprindo esse cronograma de abertura", completou.

Para viabilizar a abertura do serviço, o governo do Rio Grande do Norte convocou 147 novos profissionais, entre enfermeiros, técnicos em enfermagem e técnicos em nutrição. Até este mês de agosto, 120 já haviam se apresentado para trabalhar na unidade.

O primeiro bebê

Jackeline Araújo Silva Pereira, de 24 anos, deu entrada no hospital, nesta sexta-feira (23). Ela deu à luz o primeiro bebê nascido na unidade: Bruno, que nasceu com 3,5 kg e 51 cm. A mãe saiu do município de São Miguel, cidade do Alto Oeste potiguar.

"Foi um bebê que nasceu por uma cirurgia cesariana, realmente com a necessidade de realizar a cesariana. Ele nasceu bem, e a mãe também está super bem", explicou o diretor técnico do Hospital da Mulher, Hugo Aguiar.

"Tratava-se, de fato, de uma gestação de risco. E aí a gente não poderia mais postergar o nascimento do bebê. Então, a cesariana foi indicada e realizada com sucesso", completou o médico.

Atendimentos para cidades da Região Oeste

O hospital atende, desde a sua abertura, mulheres de 63 municípios da região Oeste, por meio do sistema de regulação estadual.

Com o início dos partos, a unidade passou a operar com 100% dos serviços. Ao todo, seis leitos foram inaugurados para a realização de partos.

A coordenadora do Centro de Parto Normal do hospital, Janaíne Oliveira, explicou que, com a chegada dos serviços de maternidade, foram realizadas pactuações para saber quais situações serão recebidas

"Logicamente, em alguns momentos, quando o paciente chega por demanda espontânea, a gente acolhe, vai compreender, fazer o atendimento dessa gestante, entender um pouco se realmente ela é uma paciente com esse perfil para cá, como é que a gente pode estar ajudando e contribuindo", explicou.

"Especialmente pessoas do nosso entorno, da nossa vizinhança, que geralmente, por ser mais próxima, elas elas podem ter essa condição de estar procurando o serviço".

O Hospital da Mulher também realiza cerca de 30 atendimentos diários no pronto-socorro de urgências ginecológicas, entre consultas e exames. No ambulatório, são aproximadamente 5 mil atendimentos mensais, incluindo acompanhamento pré-natal.

Partos normais

A estrutura do Centro de Parto conta com cinco leitos para partos normais e um para casos de alto risco, como cesarianas.

A intenção da maternidade, segundo a Janaíne Oliveira, é trabalhar nos protocolos baseados na humanização do parto.

"Pensando realmente em utilização da presença do enfermeiro obstétrico dentro da cena de parto. Na verdade, é uma condição que a Organização Mundial de Saúde e o Ministério da Saúde trazem como potencial para diminuir as taxas de intervenções desnecessárias. Então, a gente vem apostando nisso", explicou.

"É bem importante esclarecer que não é que a gente coloque a situação de que toda mulher aqui tem que parir normal, não é isso. Mas a gente compreende que aquelas mulheres que têm possibilidade de ter normal, que elas realmente tenham essas condições favoráveis para que isso aconteça".

Foram inauguradas também na unidade cinco UTIs neonatais e outras cinco unidades para cuidados intermediários.

 

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