O presidente do BC (Banco Central), Gabriel
Galípolo, disse em evento na capital paulista nesta segunda-feira (11) que a
desancoragem das expectativas do mercado para a inflação segue em “patamar
incômodo” para a autoridade monetária.
“Ainda não enxergamos as expectativas de médio e
longo prazo produzirem a convergência para a meta, como é desejável para o
Banco Central. As expectativas continuam desancoradas em um patamar incômodo
para o Banco Central”, disse.
Segundo o Boletim Focus publicado nesta segunda, o
mercado prevê inflação de 5,05% em 2025; de 4,41% em 2026; de 4% em 2027; e de
3,8% em 2028. Os valores ficam distantes do centro da meta perseguido pelo BC,
de 3%.
Do outro lado da moeda, Galípolo celebrou o fato de
que 90% dos entrevistados do último QPC (Questionário Pré-Copom) disseram que o
BC tomaria a decisão que de fato foi concretizada e indicaram que esta seria a
escolha correta. “Credibilidade é muito importante”, destacou.
O Banco Central decidiu em julho manter a taxa
básica de juros, a Selic, em 15% ao ano, indicando que manterá a taxa nesse
patamar por período prolongado, sem dar sinalização sobre o momento em que
poderia eventualmente iniciar um ciclo de corte.
“Talvez, ao longo do final de 2025 e de 2026 vão
demandar a vigilância do Banco Central como a gente vem fazendo. E por isso que
a gente vem repetindo que demandam a gente manter a taxa no patamar bastante
restritivo por um período prolongado”, completou.
CNN Brasil
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