As contas externas do Brasil tiveram deficit de US$
7,1 bilhões em julho. É o maior saldo negativo para o mês desde 2019, quando
atingiu US$ 11,5 bilhões.
O Banco Central divulgou o resultado nesta
terça-feira (26).
O saldo negativo cresceu 37,1% ante julho de 2024,
quando o deficit foi de US$ 5,2 bilhões. Os dados constam no relatório de
estatísticas do setor externo da autoridade monetária, que calcula mensalmente
as transações correntes do Brasil.
O levantamento considera o saldo da balança
comercial (exportações e importações), e os serviços adquiridos por brasileiros
no exterior pela renda, como remessa de juros, lucros e dividendos para outros
países.
No caso da balança comercial de bens, ela foi
superavitária em US$ 6,5 bilhões em julho de 2025. Em julho de 2024, o saldo
também estava positivo, em US$ 7 bilhões.
“As exportações de bens somaram US$ 32,6 bilhões,
aumento de 4,8%, enquanto as importações de bens cresceram 8,3%, totalizando
US$ 26,1 bilhões”, informou o BC. Ainda segundo o banco, os resultados das
contas de serviços e renda secundária permaneceram estáveis.
O déficit em transações correntes nos doze meses
encerrados em julho de 2025 ficou em US$ 75,3 bilhões (3,50% do PIB-Produto
Interno Bruto), ante aos US$ 73,3 bilhões (3,43% do PIB) registrados em junho e
aos US$ 30,7 bilhões (1,37% do PIB) observados em julho de 2024.
A conta de serviços apresentou déficit de US$ 5
bilhões em julho de 2025, resultado próximo ao de julho de 2024.
Já as despesas líquidas com viagens internacionais
cresceram 34,1%, ficando em US$ 1,6 bilhão, resultado que decorre do aumento de
27,2% (US$ 2,3 bilhões) nas despesas e de 13,3% nas receitas (US$ 696 milhões).
As despesas líquidas de serviços de telecomunicação,
computação e informações aumentaram 52,7%, ficando em US$ 791 milhões. No caso
das relativas a propriedade intelectual, o aumento foi 26,2%, chegando a US$
842 milhões. Já as relativas a aluguel de equipamentos, o incremento ficou em
7%, totalizando US$ 1 bilhão. Houve retração de 17% nas despesas líquidas de
transportes, para US$ 1,1 bilhão.
Com informações de Agência Brasil
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