Nos bastidores, o governo norte-americano passou a
monitorar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF),
responsável pelo inquérito contra Bolsonaro. A apuração ganhou novo fôlego após
revelações dos chamados Arquivos do 8 de Janeiro, que indicam que a força-tarefa
do STF teria atuado de forma parcial e política, utilizando postagens em redes
sociais como base para prisões de manifestantes não violentos.
Postagens críticas viraram base para prisão de
opositores
Entre os casos citados, está o de um caminhoneiro preso
por críticas feitas no Facebook e o de um vendedor ambulante detido mesmo sem
participar dos atos de 8 de janeiro. Os documentos revelam que publicações
antigas, muitas vezes sem relação com as eleições de 2022 ou com os atos
golpistas, foram usadas para justificar prisões prolongadas e o uso de
tornozeleiras eletrônicas.
Oposição denuncia perseguição política disfarçada de
justiça
A oposição vê nas medidas um esforço para
criminalizar adversários políticos e calar vozes críticas ao governo. Já o STF
e o Palácio do Planalto sustentam que as decisões são baseadas em provas e têm
como objetivo proteger a democracia. A divulgação dos documentos levanta
questionamentos sobre a imparcialidade do Judiciário e reacende o debate sobre
liberdades individuais no país.
A longa reportagem está publicada no portal Public e
foi produzida por David Ágape e Eeli Vieira. Veja clica aqui.
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