Aliados e amigos de Jair Bolsonaro têm aproveitado
as visitas ao ex-presidente, que está em prisão domiciliar por ordem do
ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, para levar até
ele informações que possam orientá-lo na tomada de decisões futuras
relacionadas às eleições presidenciais do ano que vem.
Ciente de que dificilmente escapará de uma condenação
por tentativa de golpe de Estado e de que não conseguirá recuperar seus
direitos políticos a tempo, Bolsonaro analisa pesquisas internas que apontam
quais nomes teriam mais chances de derrotar o PT em 2026.
Um levantamento recente apresentado ao capitão
continha uma série de cenários que testavam diferentes pré-candidatos de
direita ao Planalto. Só alguns, no entanto, se destacaram. A pesquisa indicou
que os nomes com melhor desempenho foram do governador de São Paulo, Tarcísio
de Freitas (Republicanos), e do governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD).
Eles seriam os únicos capazes de vencer um candidato petista em 2026.
Outro cenário analisado foi uma eventual entrada da
ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro na disputa pelo Planalto. O levantamento
aponta que ela também é um nome competitivo, embora com menos chances de
vitória em relação a Tarcísio e Ratinho Júnior. O ex-presidente, porém, diz já
ter outros planos políticos em mente para sua mulher. Avesso à ideia de
lançá-la à Presidência, Bolsonaro quer que a ex-primeira-dama seja candidata ao
Senado.
Os nomes de Eduardo e Flávio Bolsonaro também foram
testados na pesquisa. Quando são apresentados como candidatos da direita, os
resultados são pouco animadores. Segundo pesquisa Genial/Quaest divulgada na
quinta-feira 21, Lula abriu vantagem sobre os nomes da direita nas simulações
de segundo turno da próxima eleição presidencial.
Entre julho e agosto, o presidente dobrou a vantagem
sobre o inelegível Bolsonaro (de seis para doze pontos), Tarcísio (de quatro
para oito) e Ratinho Júnior (de cinco para dez). Ele também abriu treze pontos
sobre Michelle, ante sete na rodada anterior.
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