O Fundo Monetário Internacional (FMI) estima que a
economia da Argentina crescerá 5,5% em 2025, enquanto o Brasil deve registrar
uma expansão de 2,3% no mesmo período. Os dados constam na atualização do
relatório World Economic Outlook, divulgada na última segunda-feira, 28.
Para 2026, o FMI projeta um crescimento de 4,5% para a Argentina e 2,1% para o
Brasil.
Segundo o relatório, a previsão para a Argentina
permanece inalterada em relação à edição anterior, de abril. Ainda assim, o
país sul-americano aparece como um dos destaques de crescimento entre as
economias emergentes e supera não apenas o Brasil, mas também países como
México (0,2%) e Rússia (0,9%).
Na América Latina como um todo, o crescimento
projetado é de 2,2% para 2025. Para o Brasil, o FMI revisou positivamente a
previsão de abril em 0,3 ponto porcentual, o que sugere melhora nas condições
macroeconômicas do país. Ainda assim, o relatório ressalta que o Brasil figura
entre as nações com déficits fiscais elevados diante de uma dívida pública
historicamente alta.
As previsões do FMI estão condicionadas a um cenário
de manutenção das políticas comerciais e fiscais em vigor no momento da
publicação. A instituição assume, por exemplo, que a suspensão temporária de
tarifas comerciais pelos Estados Unidos será prorrogada, embora esteja
programada para terminar em agosto. A incerteza nesse campo permanece alta.
A previsão global de crescimento para 2025 foi
revista para cima: de 2,8% em abril para 3,0% em julho. A revisão reflete
fatores como a antecipação de exportações pela ameaça de novas tarifas, a queda
no valor do dólar e o afrouxamento das condições financeiras internacionais.
Ainda assim, o FMI alerta que o crescimento segue abaixo da média anterior à
pandemia, de 3,7%.
Revista Oeste
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