A Polícia Militar do Rio Grande do
Norte instaurou um Inquérito Policial Militar (IPM) para apurar
a conduta de agentes envolvidos em uma operação que resultou na morte
de Adson Wyohanderson Rodrigues de Souza, de 18 anos, no bairro Mãe
Luiza, em Natal, na última quinta-feira (17). A medida foi tomada após a
divulgação de um vídeo que levanta suspeitas sobre a legalidade da ação.
As imagens mostram um homem sentado na calçada com
as mãos levantadas. Em seguida, um policial aponta a arma em sua direção, e é
possível ouvir um som semelhante a um disparo. Familiares afirmam que o jovem
estava rendido e desarmado no momento em que foi atingido. Veja:
No sábado (19), moradores e parentes realizaram
um protesto cobrando justiça e transparência nas investigações. Um
dos familiares, que preferiu não se identificar, disse que Adson voltava da
praia quando foi abordado por uma equipe do 1º Batalhão da PM. “Populares
relataram que ele já estava rendido, como mostra o vídeo. Não encontraram nada
com ele. Não tinha passagem. O dever da polícia é proteger, não matar”,
afirmou.
A Secretaria de Segurança Pública, por meio
do coronel Francisco Araújo, informou que se reuniu com o comando do
batalhão e que as armas dos policiais foram recolhidas para perícia.
Versão da PM
A PM afirmou que a operação ocorreu em uma escadaria
conhecida pelo tráfico de drogas. Segundo a corporação, houve confronto durante
a abordagem e dois suspeitos foram feridos e levados ao Hospital Monsenhor
Walfredo Gurgel, mas não resistiram. Outros quatro suspeitos teriam fugido.
Armas, munições, drogas e balanças de precisão foram apreendidas.
A corporação reconheceu que teve acesso ao vídeo no
sábado (19) e informou, em nota, que não compactua com desvios de conduta. A
investigação vai apurar se houve execução extrajudicial por parte dos
agentes envolvidos.
Com informações de g1
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