sábado, 12 de julho de 2025

PT pede para STF investigar Tarcísio por obstrução de Justiça

 


 O PT acionou na tarde desta sexta-feira (11) o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes para que sejam apuradas a atuação do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, após o tarifaço de Donald Trump.

A ação detalha que “atuando como elo institucional da chantagem (de Trump de rever o tarifaço em troca da absolvição de Bolsonaro”), o governador teria ligado a ministros do STF para interceder em favor de Bolsonaro, solicitando que o réu tivesse autorização para viajar aos Estados Unidos — justamente para “negociar” com Trump.

O partido cita “possíveis crimes de obstrução da justiça”. Procurado, o Palácio dos Bandeirantes não se manifestou sobre o pedido do Partido dos Trabalhadores.”O gesto é grave: um chefe de Executivo estadual tentando liberar a saída de um réu investigado por tentativa de golpe, para que este se encontre com o líder da pressão internacional contra o Brasil”, afirma o partido na ação.

“Na prática, Tarcísio não apenas expressou a chantagem — ele teria atuado para materializá-la. Ainda que não tenha formalizado o pedido, o simples contato institucional revela disposição de violar a legalidade, pressionar a Corte Suprema e fragilizar o processo penal em curso. Com isso, parece ter aceitado integrar conscientemente uma engrenagem ilegal, voltada à facilitação da fuga de Jair Bolsonaro e ao esvaziamento da jurisdição penal do Supremo Tribunal Federal”, complementa.

Tarcísio negou à CNN a informação de que procurou ministros do STF com essa demanda.

O PT diz que “tal ato, ainda que informal, configura ingerência indevida no exercício da jurisdição penal desta Corte e deve ser compreendido como tentativa de obstrução da justiça, pois visa, na prática, subtrair o réu da aplicação de medida cautelar já imposta de retenção de passaporte”.

Ao final, pede “que seja dado conhecimento formal ao Ministério Público sobre os indícios de condutas criminosas atribuíveis ao governador Tarcísio de Freitas, especialmente os possíveis crimes de obstrução da justiça, colaboração com organização criminosa transnacional e abuso de autoridade, com a ressalva de que, dada a conexão direta com os fatos, pessoas e estrutura institucional já em apuração na Ação Penal 2668, a competência para eventual desdobramento investigativo deve permanecer no âmbito deste Supremo Tribunal Federal, ainda que o investigado detenha prerrogativa de foro no Superior Tribunal de Justiça”.

Fonte: CNN Brasil

 

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