A CBF manifestou à Fifa o interesse em receber a
próxima edição do Mundial de Clubes, marcada para 2029. Nos próximos meses, a
federação internacional apresentará os detalhes do processo de candidatura,
como a quantidade mínima de estádios exigida.
Além do Brasil, outros dois países demonstraram
disposição em ser sede: Espanha e Marrocos. Ambos, juntamente com Portugal,
serão os anfitriões da Copa de 2030. Esse desejo, entretanto, não faz parte de
uma proposta conjunta entre os países, nem representa um plano de transformar a
competição em um evento-teste para o torneio de seleções.
Embora ainda não haja nada oficial, os bastidores da
CBF já estão agitados, com diversas cidades sonhando em organizar o campeonato.
A expectativa é de que a entidade nacional indique entre 10 e 12 estádios. Na
edição inaugural do novo formato, realizada nos Estados Unidos, que se encerra
amanhã, foram utilizadas 12 arenas, considerado como o número ideal com 32
participantes.
Até o momento, não há indícios de que o número de
times possa ser ampliado para 48 em 2029, o que exigiria um projeto maior. Os
oito equipamentos escolhidos para a Copa do Mundo Feminina de 2027, que também
será realizada no Brasil, saem na frente na disputa por vagas no Mundial,
especialmente porque passarão por algum tipo de remodelação a pedido da Fifa.
São eles: Maracanã (Rio de Janeiro), Neo Química
Arena (São Paulo), Mineirão (Belo Horizonte), Beira-Rio (Porto Alegre), Mané
Garrincha (Brasília), Fonte Nova (Salvador), Arena de Pernambuco (região
metropolitana do Recife) e Castelão (Fortaleza). Todos receberam jogos da Copa
do Mundo de 2014.
É provável que, para um torneio com 10 ou 12 sedes,
a região Norte também esteja representada. As possibilidades são Manaus, com a
Arena da Amazônia, e Belém, com o Mangueirão. Essas cidades ficaram de fora da
Copa Feminina por questões de infraestrutura. Dois dos vices da CBF são,
justamente, os presidentes das federações do Amazonas, Ednailson Rozenha, e do
Pará, Ricardo Gluck Paul.
Se o Brasil for confirmado, terá o direito de indicar
um clube representante, além dos seis sul-americanos que disputarão a
competição, o que já deve garantir a presença de mais de um brasileiro. Ainda
será preciso definir o critério dessa escolha: a vaga ficará com o campeão da
Série A de 2028, o último antes do Mundial, ou a gestão de Samir Xaud criará um
ranking próprio, nos moldes do que a Fifa adotou para distribuir vagas entre
clubes da Europa e da América do Sul?
Os próximos meses serão movimentados nos bastidores.
Estadão – Marcel Rizzo
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