O IBC-Br, índice considerado como a prévia do PIB,
apontou uma retração de 0,7% na atividade econômica brasileira em maio,
conforme dados divulgados nesta segunda-feira, 14, pelo Banco Central.
Esse é o primeiro tombo do indicador econômico em
2025.
Em abril, o índice avançou 0,05%. O dado, no
entanto, foi revisado de alta de 0,16%.
A última vez que o IBC-Br registrou contração ante o
mês anterior foi em dezembro de 2024, quando recuou 0,9%.
Em 12 meses, o indicador subiu 4,04%. No ano, a
variação foi de 3,36%.
Agropecuária
Com queda de 4,2% em relação a abril, a agropecuária
foi o setor que mais contribuiu para o resultado do IBC-Br em maio.
O indicador da indústria também registrou um
desempenho negativo de 0,5%.
O índice de serviços, por sua vez, ficou estagnado.
Excluindo a agropecuária, o recuo do IBC-Br em maio
foi de 0,3%.
Desaceleração da economia
O Banco Central conta com a desaceleração da
economia em 2025 para conter as pressões inflacionárias.
Segundo o BC, o ritmo menor de crescimento da
economia integra a estratégia de contenção da inflação no país. A autoridade
monetária avalia que ele é um “elemento necessário para a convergência da
inflação à meta”.
Com a alta de 0,24% do IPCA em junho, a inflação
somou 5,35% no acumulado de 12 meses e superou o teto da meta estabelecido em
4,5% pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) por seis meses consecutivos,
confirmando que o Brasil descumpriu a meta de inflação.
O estouro do teto da meta forçou o presidente do
Banco Central, Gabriel Galípolo, a escrever uma carta aberta ao ministro da
Fazenda, Fernando Haddad, para esclarecer os motivos do desvio.
Essa foi a segunda vez em que Galípolo precisou
redigir uma carta em menos de seis meses.
Para este ano, o mercado financeiro projeta uma
expansão do PIB de 2,23%, conforme boletim Focus divulgado nesta segunda, 14.
O Antagonista
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