Um dos poucos ministros do STF (Supremo Tribunal
Federal) poupados pelas sanções dos Estados Unidos, Luiz Fux se firma como um
contraponto às decisões de Alexandre de Moraes, relator da ação penal sobre o
plano de golpe .
A notícia é da CNN Brasil. Na noite desta
segunda-feira, em julgamento no plenário virtual, Fux votou contra as medidas
cautelares impostas na sexta (18) ao ex-presidente Jair Bolsonaro, como o uso
da tornozeleira eletrônica e a proibição de utilizar as redes sociais.
Fux foi o único integrante da Primeira Turma do STF
a divergir de Moraes nesse caso. Os demais membros do colegiado - ministros
Flávio Dino, Cristiano Zanin e Cármen Lúcia - chancelaram a decisão do relator.
Com um placar fechado em 4 a 1, fontes da Corte
chegaram a brincar que Fux é o novo "ministro voto vencido" -
referência a um apelido dado ao ministro aposentado Marco Aurélio Mello, que
costumava ficar isolado nos julgamentos em plenário.
As discordâncias de Fux vêm desde março, quando Bolsonaro
se tornou réu. Ele votou pelo recebimento da denúncia, mas fez uma série de
ressalvas que, nos bastidores, foram interpretadas como um indicativo de que
ele poderia divergir no futuro.
Fux sinalizou que considera "exacerbadas"
as penas que têm sido aplicadas pelo Supremo aos envolvidos nos ataques de 8 de
janeiro de 2023. A data é considerada pela Procuradoria-Geral da República
(PGR) como o “ato final” da trama golpista.
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