A blogueira Thalita Moema
disse hoje que a Procuradoria-Geral da República (PGR) arquivou o pedido de
investigação contra o ex-ministro da Previdência Social Carlos Lupi (PDT), o
atual chefe do órgão, Wolney Queiroz, e o ex-presidente do INSS (Instituto
Nacional do Seguro Social).
A representação havia sido
apresentada em maio pela senadora Damares Alves (Republicanos-DF) e o
arquivamento foi divulgado na última quinta-feira (3.jul.2025).
Segundo Damares, a alta
cúpula da Previdência foi alertada em 12 de junho de 2023, durante reunião do
CNPS (Conselho Nacional de Previdência Social), sobre possíveis fraudes
envolvendo descontos indevidos em aposentadorias e outros benefícios. Mesmo
assim, nenhuma providência teria sido tomada para impedir o esquema, que teria
continuado por meses.
De acordo com as atas
anexadas pela senadora, o tema dos descontos não autorizados foi discutido em
junho de 2023, mas só depois de 10 meses houve alguma decisão concreta.
Ao negar a investigação, o
procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirmou que os documentos
apresentados não são suficientes para justificar o início de um processo
criminal. “A indicação de dispositivos legais que atribuem ao Ministro da
Previdência Social e ao Secretário-Executivo responsabilidade administrativa
sobre a supervisão do INSS não constitui individualização mínima da conduta dos
representados, não havendo indícios suficientes de autoria e materialidade que
justifiquem o início de uma investigação ou a sua inclusão na investigação já
em curso”, escreveu.
A decisão expõe a
seletividade da PGR: enquanto arquiva uma denúncia que envolve possíveis
fraudes milionárias no INSS — que afetam diretamente aposentados e idosos —, o
órgão pediu recentemente a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro, acusado de
articular uma tentativa de golpe que sequer ocorreu, sem apresentar provas
concretas de crime consumado.
Por Thalita Moema
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