Em meio às preocupações com as tarifas anunciadas
pelos Estados Unidos, um setor aplaude com entusiasmo as iniciativas de Donald
Trump. E vai além: defende a suspensão total da entrada dos produtos
brasileiros nos Estados Unidos.
“A Associação Nacional de Pecuaristas dos Estados
Unidos (NCBA) apoia firmemente o plano do presidente Trump de impor ao Brasil
com uma tarifa de 50%”, cita a entidade.
A entidade que representa os pecuaristas americanos
há mais de um século, desde 1898, informa que “há muitos anos defende a
suspensão total da carne bovina brasileira importada”.
“Uma tarifa de 50% é um bom começo, mas precisamos
suspender as importações de carne bovina do Brasil para que possamos conduzir
uma auditoria completa”, citou a entidade.
A NCBA acusa produtores brasileiros de terem uma
“abismal falta de responsabilidade em relação à saúde do gado e à segurança
alimentar”.
Os pecuaristas americanos citam especificamente os
casos da Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), conhecida como doença da vaca
louca.
“A falha do Brasil em reportar casos atípicos de EEB
e seu histórico de febre aftosa são uma grande preocupação para os produtores
de gado dos EUA”, citam os produtores americanos.
O governo brasileiro rebate a afirmação dos
pecuaristas americanos.
O Ministério da Agricultura cita que o Brasil nunca
teve um “caso clássico” do mal da vaca louca – aqueles em que a doença ocorre
pela ingestão de alimentos contaminados, especialmente farinha de carne e
ossos. Essa foi a origem do surto na Europa há algumas décadas.
No Brasil, há registro de seis casos atípicos da
doença. A situação não interfere no status do país na Organização Mundial de
Saúde Animal (OMSA). Isso acontece porque os casos têm ocorrência espontânea,
quando a infecção se dá pela mutação espontânea da proteína – normalmente pela
idade avançada do animal, sem ter relação com a ingestão de alimentos
contaminados.
“Assim, o Brasil mantém o reconhecimento pela OMSA
como país de risco insignificante para a doença desde 2012”, cita o Ministério
da Agricultura.
CNN Brasil
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